quarta-feira, 16 de março de 2011

Solidariedade

'É muito gratificante poder ajudar'
A frase é do brasileiro Walter Saito, que reside no Japão e foi às áreas afetadas pelo tsunami para ajudar a trazer 37 pessoas no comboio, entre eles 26 brasileiros.

Depois de passar pelo pior terremoto de sua vida e saber que todos os familiares estavam bem, o empresário brasileiro que vive no Japão Walter Saito decidiu que precisava fazer alguma coisa. No dia seguinte, organizou com sua equipe de trabalho um comboio para levar três toneladas de arroz para a província de Sendai, uma das regiões mais afetadas pelo tsunami que seguiu o tremor de magnitude 9.

"Fui um dos primeiros a chegar com mantimentos. Fiquei muito impressionado quando me disseram que aquilo que levei só daria para um dia. É muita destruição, e são muitas as necessidades", disse o empresário.

Saito mora há 21 anos no Japão. Ele saiu de Londrina em 1990, com a mulher, para tentar juntar dinheiro no país de seus avós. Formado em educação física, ele conta que o objetivo era voltar em dois anos e abrir sua própria escola. "Nós chegamos a voltar para o Brasil depois de trabalhar com autopeças, mas aí meu ex-chefe do Japão me fez uma boa proposta e pediu para trazer mais brasileiros. Acabei fazendo essa mediação e estou aqui até hoje."

Saito adquiriu o conhecimento que precisava de administração e depois de poucos anos abriu o próprio negócio. Hoje sua empresa faz recrutamento de brasileiros, importação e exportação, agronegócios e também mantém uma escola.

Pior tremor

Quando o chão começou a tremer no Japão, na última sexta, Saito estava numa rodovia. "Paramos o carro e achamos que era um pneu furado. Logo depois vimos mais gente parar e percebi que o terremoto era grande. Já peguei outros terremotos aqui, mas esse foi sem dúvida o pior."

Depois de saber que a mulher e os três filhos estavam bem, ele decidiu agir. No dia seguinte ao tremor, fez a entrega das três toneladas de arroz em Sendai. "Vi os bombeiros retirando corpos e muita gente precisando de comida. É muita destruição."

Quando voltou após quase um dia inteiro de viagem, foi contatado pelo consulado brasileiro para que liderasse uma missão para resgatar brasileiros nas áreas atingidas pelo tsunami e próximas à usina nuclear de Fukushima, que está em perigo de vazar radiação. "A maior dificuldade das pessoas era sair dali. [...] É muito gratificante saber que pude ajudar, que pude diminuir um pouco a dor."

O consulado brasileiro no Japão espera realizar outra missão ainda nesta semana para resgatar 15 brasileiros que não puderam ser localizados nesta viagem. Ainda não há data definida para esta operação.

Fonte: G1

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