Dois meninos, de 12 anos, foram flagrados com maconha no banheiro de uma escola em Ribeirão Preto. “Eu achei a droga do lado da minha casa. Meus amigos e minha amiga pediram para eu levar a droga, que ela ia fumar”, contou um dos meninos.
Em Franca, a 400 quilômetros de São Paulo, o Conselho Tutelar constatou que em um ano quase mil alunos entre 12 e 16 anos abandonaram a escola – 40% porque tinham envolvimento com drogas.
“A situação é grave. As famílias estão sofrendo muito, e isso está envolvendo tudo”, comentou Gláucia Limonti, presidente do Conselho Tutelar de Franca.
Os sinais de que um aluno passou a usar droga são: cansaço, dificuldade de concentração, queda rápida do rendimento escolar e mudança de grupo social. O adolescente que vende droga muda rápido de padrão financeiro. Passa a usar roupas que a família não pode pagar e deixa claro que tem dinheiro o bastante para pagar as despesas dos amigos em bares e lan houses.
Uma mãe não levou em conta a mudança de comportamento do filho de 15 anos. Descobriu só depois que ele havia abandonado a escola para usar crack. “Eu não tenho como fazer mais nada. Não sei o que eu faço”, afirmou a mãe.
Em Franca, os alunos que o Conselho Tutelar identifica envolvidos com droga são trazidos para uma entidade. Uma parte relatou que, além de consumir, passou também a vender crack para os colegas.
“Normalmente, o traficante fica na porta das escolas. Ele quer um consumidor que mais tarde vai ficar nas mãos dele para vender as drogas”, explica a presidente do Projeto de Restauração de Vidas (Proreavi), Eliana Justino.
As escolas de Franca não querem mais perder os alunos para as drogas. Para conter a evasão, elas passaram a controlar mais de perto a frequência e o comportamento dos estudantes. Quando alguém falta ou anda meio diferente, o professor já avisa a direção do colégio.
Na mesma hora entram em ação as mediadoras escolares. São pedagogas treinadas para esse trabalho. Elas ouvem os alunos, identificam o problema e vão atrás dos pais para encontrar solução.
“O resultado está sendo muito positivo, porque os pais estão sentido apoio na gente e eles estão procurando mais a escola”, conta a mediadora escolar Andrea Pagliarone.
Por semana, os mediadores chegam a identificar dois alunos que começam a se envolver com drogas. Esse trabalho de resgate envolve tratamento psicológico, médico e até com dentistas. A família toda precisa ser tratada e acompanhada.
Assista a reportagem na íntegra no site do Bom Dia Brasil.
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