sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Sofrimento, trauma, situação difícil? Você poderá sair cada vez mais forte!

Um estudo da Universidade de Buffalo, nos Estados Unidos, concluiu: quem passa por mais adversidades cria mais resistência psicológica!

Para chegar a essa conclusão, o pesquisador Mark Seery e sua equipe acompanharam 2.398 americanos entre 2001 e 2004.Durante o período, as pessoas que passaram por acontecimentos adversos e traumáticos tiveram menos sintomas de estresse e relataram mais situações de bem-estar do que aquelas que passaram por menos dificuldades.
Foram avaliadas 37 categorias diferentes de trauma psicológico ou físico, incluindo morte de um familiar, doença ou acidente, desastres naturais, divórcio ou presenciar um ato de violência.

Resiliência?

Para Mark Seery, existe uma relação entre experiências ruins e resiliência. Mas você sabe o que significa isso?

A resiliência é um termo da física adotado pela psicologia. Para entender melhor:

- Na ciência é a possibilidade de um material voltar à forma anterior depois de sofrer pressão ou deformação.
- Para a psicologia trata-se da capacidade de uma pessoa enfrentar situações negativas e retirar algo de positivo da experiência.

De acordo com Seery, o cérebro é capaz de aprender com cada trauma e se tornar mais experiente e mais forte.
Características da personalidade resiliente: Flexibilidade, boa autoestima, objetividade, facilidade para o diálogo e experiências negativas anteriores.

É preciso cuidado!

No entanto, segundo a psicóloga Rosaly Ferreira Braga, do Programa de Atendimento e Pesquisa em Violência da UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), é preciso ter cuidado ao falar em desenvolvimento da resiliência.“É possível ficar mais forte, mas há traumas mais e menos impactantes. Não é porque a pessoa sofreu um assalto que ela vai poder ser vítima de vários sem que isso traga consequências”, ressalta.

Não se sabe ao certo o que faz uma pessoa naturalmente mais forte do que outras.
Sabe-se apenas que algumas conseguem compreender e entender um acontecimento, reagindo positivamente a situações negativas. Enquanto outras desenvolvem transtornos como o estresse pós-traumático e a depressão.

Tudo ficaria mais “fácil”

De acordo com o médico psiquiatra José Toufic Thomé, coordenador do Departamento de Intervenção em Desastres e Catástrofes da Associação Brasileira de Psiquiatria, as pessoas deveriam pensar em como desenvolver uma “imunidade psíquica”.
Para ele, é preciso aprender a conviver com adversidades sem adoecer. No entanto, a sociedade moderna não pensa em trabalhar a resiliência.

Isso poderia ser feito, de acordo com Seery, deixando de lado estratégias prontas de como superar problemas. “Respostas diferentes são normais. O maior equívoco é pensar que todos devem reagir da mesma forma. Falar sobre o trauma, por exemplo, nem sempre é a melhor coisa a ser feita.”

O estudo será publicado na próxima edição do Journal of Personality and Social Psychology.

Fonte: Blog da Saúde

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Saúde Mental conclui série de capacitações iniciadas na enchente de 2008

A Secretaria de Estado da Saúde concluiu em novembro (19), a série de capacitações sobre Saúde Mental oferecidas aos profissionais e gestores da Saúde que atuam nas regiões mais atingidas pela enchente, em novembro de 2008.

Na ocasião, Santa Catarina sofreu a maior tragédia registrada no Estado. Dois milhões de catarinenses foram atingidos pelas chuvas, que duraram cerca de três meses. Para o enfrentamento da situação de calamidade, a SES desenvolveu diversas ações específicas na área de Saúde Mental, a partir de uma parceria institucional com a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).

O trabalho foi coordenado pela Divisão de Políticas de Saúde Mental e realizado pelo psiquiatra José Thomé, coordenador da Comissão Técnica sobre Intervenção em Desastres da ABP. Ao longo de dois anos, foram realizadas 20 capacitações, com a participação de 685 profissionais. Em 2009, a SES também ofereceu um Curso de Especialização de Terapia Comunitária para 40 profissionais. A maioria atua em municípios do Vale do Itajaí, e atende, diretamente, a população mais afetada. “O processo de capacitação permitiu que os participantes compreendessem a importância das ações intersetoriais e de se trabalhar de forma integrada para atender a população exposta em situações de desastres”, avalia a Coordenadora Estadual de Saúde Mental, Elisia Puel.

Fonte: Governo de SC

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Argentina veta manicômios e limita internações psiquiátricas

Prioridade agora é o tratamento "multidisciplinar" do paciente.

O Senado argentino aprovou no dia 25 de novembro, por unanimidade, a Lei de Saúde Mental, que proíbe a criação de novos manicômios públicos ou privados e prioriza o tratamento de doenças psíquicas sem internações.

Para que o Estado ou a família interne um paciente contra sua vontade, será necessária a recomendação de uma equipe "multidisciplinar" e não só de um psiquiatra, como era até então.

Um juiz não poderá mais determinar internações de forma autônoma e só pode interditar direitos, como o voto e o casamento, por um prazo inicial de três anos. Depois, haverá avaliações.

Os casos de internação serão fiscalizados por um órgão que terá a participação de entidades de defesa dos direitos humanos.
Os manicômios argentinos terão de se adaptar à nova legislação até serem substituídos por "casas de convivência" ou "hospitais dia", alternativas previstas mas não detalhadas pela norma.

Hoje, 25 mil pacientes vivem em mani cômios na Argentina, sendo que 80% estão internados há mais de um ano. No entanto, boa parte deles pode ser tratada sem internações, dizem organizações de direitos humanos.

Apesar de obter unanimidade nos setores políticos, a norma foi criticada por diretores de asilos psiquiátricos. Segundo eles, a lei complica os processos de internação, que continuarão sendo imprescindíveis ao menos nas próximas décadas.
No Brasil, a reforma psiquiátrica de 2001 também trocou o atendimento concentrado nos hospitais para a rede pulverizada de Centros de Atenção Psicossocial, com o objetivo de reinserir os pacientes na sociedade, em vez de interná-los.

Fonte: Folha de São Paulo

Nos países mais felizes acontecem mais suicídios

Pesquisas já mostraram esse paradoxo: nos lugares mais felizes acontecem mais suicídio. Então se percebe que as duas afirmativas referem-se aos países nórdicos e, claro, de primeiro mundo, como Dinamarca e Suécia.

Com a melhor qualidade de vida, habitantes mais satisfeitos do mundo e altas taxas de suicídio, a primeira coisa que vem na cabeça é dizer que isso acontece porque vivem em lugares muito frios.

Intrigados com a questão, pesquisadores dos departamentos de economia da Universidade de Warwick, do Hamilton College e do Banco Central de São Francisco, dos EUA, foram checar.

Eles combinaram dados de duas grandes pesquisas (World Values Survey e U.S. General Social Survey) para ver qual era a relação entre a felicidade do povo e a quantidade de pessoas que se mata em diferentes estados dos EUA.

E a análise mostrou que a afirmativa é verdadeira: os estados mais felizes têm maiores taxas de suicídio do que aqueles que são menos felizes, aponta o estudo. Por exemplo, Utah está em 1º lugar em satisfação com a vida, mas tem a 9ª maior taxa de suicídio. Enquanto isso, Nova Iorque é o 45º estado mais feliz, mas tem o menor índice de suicídios nos EUA.

E a culpa é de como a pessoa se sente deslocada. Pessoas infelizes onde a maioria é muito feliz, podem se sentir muito maltratadas pela vida. Enquanto que aquelas que percebem que tem bastante gente na mesma situação, toleram melhor as baixas de humor.

Fonte: Blog da Saúde

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Catástrofes causaram prejuízos de US$ 222 bi em 2010, diz seguradora

Piores casos foram tremor no Haiti, calor na Rússia e enchentes na China.

As catástrofes de origem natural e humana provocaram prejuízos de US$ 222 bilhões em 2010, mais de três vezes acima das perdas de 2009 (US$ 63 bilhões), anunciou em Genebra a companhia de resseguros Swiss Re.

As grandes catástrofes deste ano mataram 260 mil pessoas, a maioria delas no terremoto de janeiro no Haiti, que fez 222 mil vítimas, de acordo com o levantamento.
Em 2009, 15 mil pessoas haviam morrido em catástrofes, segundo a Swiss Re.

Apesar da alta expressiva nas perdas, o impacto sobre as seguradoras aumentou apenas 34% em relação a 2009, a US$ 36 bilhões, já que a maioria dos desastres aconteceu em regiões que têm pouca cobertura de seguros.

Desalojados pelo terremoto no Haiti buscam água em fonte próximo ao Palácio Presidencial, em Porto Príncipe, em 17 de novembro.

O terremoto em janeiro no Haiti, a onda de calor na Rússia, as inundações na China e, sobretudo, no Paquistão foram as catástrofes que mais perdas provocaram, segundo um comunicado da Swiss Re.

Fonte: G1

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Desiludido com seu trabalho? Atenção à síndrome de “burnout”

O “burnout” (em português “combustão completa”) é uma das síndromes incluídas no rol dos transtornos mentais relacionados ao trabalho.

Segundo dados da Previdência Social, foi a terceira maior causa de afastamento de profissionais em 2009.

A síndrome não pode ser confundida, ela vai além de um estado de estresse. Esse transtorno psíquico une esgotamento e desilusão.

O problema foi identificado em 1974, nos Estados Unidos, pelo médico Freunderberger, a partir da observação de desgaste no humor e na motivação de profissionais de saúde com os quais trabalhava.

Quando o seu trabalho “não vale a pena”

O “burnout”, também conhecido como síndrome do esgotamento profissional, é um desalento profundo, está relacionado com o valor depositado ao trabalho. A doença é gerada pela percepção de que o esforço feito é superior à recompensa. A pessoa se sente injustiçada e insatisfeita.

O estado de tensão emocional e estresse crônicos provocados por condições de trabalho físicas, emocionais e psicológicas desgastantes são suas principais características.

No entanto, diferente do estresse, que tem um componente biológico forte, ligado a situações em que o corpo tem de responder ao perigo, o “burnout” é um transtorno emocional em que a pessoa não sente mais vontade de produzir.

Sintomas

O sintoma típico da síndrome de “burnout” é a sensação de esgotamento físico e emocional, que se reflete em algumas alterações comportamentais como, o maior consumo de café, álcool e remédios, baixo rendimento, cinismo, ausências no trabalho, agressividade, isolamento, mudanças bruscas de humor, irritabilidade, dificuldade de concentração, lapsos de memória, ansiedade, depressão, pessimismo e baixa autoestima.

Entre as manifestações físicas que podem estar associadas à síndrome, podemos citar as dores de cabeça, enxaqueca, cansaço, sudorese, palpitação, pressão alta, dores musculares, insônia, crises de asma e distúrbios gastrintestinais.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é feito a partir da avaliação do histórico do paciente e seu envolvimento e realização pessoal no trabalho. Não é fácil detectar o “burnout”, já que seus sintomas podem ser confundidos com depressão ou síndrome do pânico.

O tratamento inclui o uso de antidepressivos e psicoterapia. Atividade física regular e exercícios de relaxamento também ajudam a controlar os sintomas.

Vale ressaltar, no entanto, que a medicação só combate os sintomas e não as causas do problema. Por isso, é importante que a pessoa reavalie o papel do trabalho em sua vida, o quanto está interferindo em sua qualidade de vida e prejudicando sua saúde física e mental.

União

Especialistas ressaltam ainda que as providências para prevenir o “burnout” devem partir tanto do sujeito quanto da empresa.

Ao funcionário cabe, por exemplo, se permitir algumas atividades diárias cuja única finalidade é o prazer para compensar o clima estressante do dia a dia. Já a empresa, deve valorizar o esforço e respeitar os limites de seus subordinados. Além disso, é importante que ambos respeitem o limite entre o profissional e o pessoal.

Profissões de risco

A síndrome se manifesta especialmente em pessoas cuja profissão exige envolvimento interpessoal direto e intenso. Profissionais das áreas de educação, saúde, assistência social, recursos humanos, agentes penitenciários, bombeiros, policiais e mulheres que enfrentam dupla jornada correm risco maior de desenvolver o transtorno.

Fonte: Blog da Saúde