sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Câmera flagra professora de creche agredindo crianças em São José do Rio Preto

Três professoras da creche, em São José do Rio Preto (SP), são acusadas de agredir as crianças, com idade entre 2 e 3 anos.


Assista:



Fonte: R7

Ambiente de trabalho influencia na saúde

Um estudo conduzido na Finlândia e recém-publicado no periódico Occupational and Environmental Medicine revela que indivíduos que julgam viver em melhores ambientes de trabalho apresentam menos comportamentos de risco à saúde: tabagismo, obesidade, sedentarismo e abuso de álcool. Vale lembrar que esses são os quatro fatores de risco mais associados a doenças e à mortalidade em países industrializados.

Um estudo conduzido na Finlândia e recém-publicado no periódico Occupational and Environmental Medicine revela que indivíduos que julgam viver em melhores ambientes de trabalho apresentam menos comportamentos de risco à saúde: tabagismo, obesidade, sedentarismo e abuso de álcool. Vale lembrar que esses são os quatro fatores de risco mais associados a doenças e à mortalidade em países industrializados.

A pesquisa analisou mais de 30 mil servidores públicos finlandeses e confirmou que fatores psicosociais associados ao trabalho são capazes de contribuir para que as pessoas adquiram comportamentos de risco. Outras pesquisas já haviam revelado que condições psicológicas adversas no trabalho aumentam o risco de obesidade e excesso de álcool. Também já havia sido demonstrado que indivíduos que não têm confiança na instituição em que trabalham têm maior dificuldade em abandonar o vício do cigarro.

O mundo corporativo já está bem convencido de que investir na saúde dos trabalhadores traz grande retorno econômico. O presente estudo demonstra que o clima organizacional pode ser um forte aliado para a promoção da saúde.


Fonte: Expresso MT

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Lula assina MP para doar 260 mil toneladas de alimentos a países pobres

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou nesta quinta-feira (11) uma medida provisória para o Congresso Nacional que autoriza a doação de 260 mil toneladas de alimentos para 12 países pobres ou atingidos por catástrofes naturais.

Segundo o texto publicado na edição desta quinta do Diário Oficial da União, serão doadas até 100 mil toneladas de feijão, até 100 mil toneladas de milho ou equivalente industrializado, até 50 mil toneladas de arroz em casca ou equivalente e até 10 mil toneladas de leite em pó.
Os países inicialmente beneficiados serão Haiti, El Salvador, Guatemala, Bolívia, Zimbábue, Palestina, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

A MP prevê ainda que o Ministério das Relações Exteriores pode destinar os estoques restantes, desde que não ultrapasse os limites definidos, a outros países atingidos por eventos “socionaturais adversos ou em situação de insegurança alimentar aguda”. Para isso, o Itamaraty terá que consultar os ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário.

A medida provisória prevê que as doações serão efetivadas por intermédio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que também será responsável por disponibilizar os produtos dentro dos navios nos portos do Rio de Janeiro (RJ), Santos (SP), Paranaguá (PR), Itajaí (SC) e Rio Grande (RS).

MP

A medida provisória tem força de lei e entra em vigor na data de sua publicação. Mesmo assim, o Congresso precisa aprovar a MP num prazo máximo de 120 dias. A partir do 46º dia de tramitação, ela começa a trancar a pauta de votações nas casas legislativas - Câmara e Senado.

Caso não seja aprovada em 120 dias, a MP perde a validade. Porém, se os assuntos previstos nela já tiverem entrado em prática, o Congresso aprova um decreto legislativo autorizando as ações da MP naquele período de 120 dias.



Fonte: G1

Cognição e esquizofrenia

A deterioração da capacidade intelec-tual de pessoas com esquizofrenia não se dá, necessariamente, ao longo da vida – como durante muito tempo os especialistas acreditaram. Problemas cognitivos graves e generalizados parecem existir já na fase inicial da doença, o que torna difícil para as pessoas com esse transtorno realizar tarefas cotidianas, como trabalhar e estudar. A conclusão é de um novo estudo publicado pela Associação Americana de Psicologia (AAP). Entender os problemas cognitivos centrais e precoces pode ajudar os clínicos a diagnosticar com mais precisão a esquizofrenia incipiente, diferenciando-a de outros transtornos neuropsiquiátricos que também levam a distúrbios cognitivos, como o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Combinar os sinais de alerta cognitivos da esquizofrenia com o histórico familiar e os sinais de piora gradativa das funções diárias também pode ajudar especialistas a obter um diagnóstico precoce, o que em muitos casos previne problemas.

Essa é uma das principais conclusões de uma investigação conduzida por pesquisadores da Escola de Medicina de Harvard e da Universidade Médica do Alto do Estado Suny, ambas em Nova York. Os cientistas examinaram 47 estudos publicados, duplamente revisados, sobre primeiros episódios de esquizofrenia; participaram 2.204 pacientes e 2.775 pessoas no grupo de controle, de ambos os sexos, com idades variadas, e os resultados foram publicados pela Associação Americana de Psicologia no periódico científico Neuropsychology.

“O primeiro episódio da psicopatologia, que ocorre em geral por volta dos 20 anos, traz sentimentos de grande terror, trauma e choque, junto com uma desorganização cognitiva proeminente, que aumenta a incidência de pensamentos perturbadores e/ou paranoicos com alterações perceptivas”, escrevem os coautores Raquelle Mesholam-Gately, Ph.D., e Anthony Giuliano, Ph.D., coordenadores do estudo. Os autores perceberam que pessoas com esquizofrenia apresentavam um período de risco antes do início das crises, com duração de alguns meses a dois anos, no qual tinham problemas crescentes na vida cotidiana, que culminavam na patologia completa. A preocupação dos especialistas agora é detectar a doença antes mesmo que surjam alterações profundas de comportamento ou alucinações auditivas e visuais. Segundo Mesholam-Gele, a intervenção precoce para os problemas cognitivos pode diminuir a intensidade e duração, permitindo prognóstico mais favorável, menores taxas de recaída e melhor preservação de habilidades sociais e cognitivas. O período de alto risco, ou prodômico, é o novo foco de prevenção, diagnóstico e tratamento. Os testes cognitivos também podem ajudar crianças mais velhas que apresentam histórico familiar de esquizofrenia e sintomas clínicos emergentes. Quando médicos, psicólogos e educadores observam algum prejuízo intelectual, costumam pensar em algo como TDAH, mas os pesquisadores dizem que as novas descobertas podem aumentar a importância do histórico familiar (considerando que a esquizofrenia tem componente genético), favorecendo assim a caracterização dos sintomas clínicos de comportamento, especialmente próximo à idade de maior risco.

Os pesquisadores detiveram-se em descobertas comuns feitas em dez áreas de neurocognição, incluindo habilidades gerais, atenção, memória e capacidades motoras, verbais e capacidades de percepção espacial. Eles perceberam, por exemplo, que já no primeiro episódio da patologia os prejuízos cognitivos eram amplos e sérios, similares ou iguais em severidade aos problemas observados nos pacientes que já estavam doentes havia algum tempo. Pessoas que apresentavam o primeiro episódio de esquizofrenia tinham desempenho significativamente pior em todas as tarefas cognitivas, em comparação com os integrantes do grupo de controle, compatíveis em sexo e idade. Os pacientes tinham mais problemas com a velocidade de processamento de informações, aprendizado verbal e memorização.

Embora muitas doenças neurológicas e psiquiátricas, como o transtorno bipolar, afetem a velocidade de absorção e fixação, a esquizofrenia parece causar um prejuízo mais profundo. A medida do quociente de inteligência (QI) e de outras habilidades cognitivas caiu mais entre o chamado período de risco, que ocorre pouco antes do aparecimento dos sintomas e das primeiras fases agudas. Depois disso, as habilidades de raciocínio se tornaram estáveis. Esse padrão intelectual, combinado com outros sinais, como os sintomas clínicos e o histórico familiar, pode sugerir diagnóstico de esquizofrenia.

Hoje, não existem tratamentos efetivos para os problemas cognitivos na esquizofrenia. Recentemente, nos Estados Unidos, o Instituto Nacional de Saúde Mental financiou duas iniciativas para desenvolver padrões de avaliação para cognição em pacientes com a patologia com o objetivo de testar medicamentos que podem ser indicados nesses casos.


Fonte: Mente e Cérebro

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

A depressão em preto e branco

De tempos em tempos, pesquisas e li-vros amparados em bases científicas mais ou menos sólidas são lançados com um mesmo propósito: revelar a verdade sobre a indústria farmacêutica. Segundo seus autores, os laboratórios enriquecem (e muito) vendendo remédios pouco (ou nada) eficazes. Há duas semanas, chegou às livrarias dosEstados Unidos The Emperor's New Drugs: Exploding the Antidepressant Myth (O Império das Novas Drogas: Explodindo o Mito dos Antidepressivos, em tradução livre), do psicólogo americano Irving Kirsch. Em 226 páginas, ele tenta provar que a bilionária indústria dos antidepressivos foi construída e se mantém graças ao efeito placebo. Ou seja, milhões de pessoas ao redor do mundo gastam 20 bilhões de dólares todos os anos em remédios cuja eficácia equivale à de um comprimido de farinha. Ao longo dos últimos quinze anos, Kirsch fez a compilação de 57 estudos sobre o tratamento de pacientes deprimidos. Pela fria análise das estatísticas, a teoria do psicólogo soa (de fato) como uma bomba e pode levar à perigosíssima conclusão de que o tratamento da depressão dispensa a ajuda dos medicamentos. "Há casos em que o antidepressivo é imprescindível para tirar o paciente do estado de letargia típico da doença, fornecendo-lhe energia para lutar contra ela", diz a psiquiatra Fernanda Martins Sassi, do Hospital das Clínicas de São Paulo. Deixada a seu próprio curso, a depressão machuca, incapacita para as atividades cotidianas, destrói laços afetivos, solapa a autoestima e pode culminar em suicídio.

O primeiro passo de Kirsch rumo ao que ele julga ser a explosão do "mito dos antidepressivos" foi o artigo "Listening to Prozac but hearing placebo" ("Ouvindo o Prozac, mas escutando placebo"), publicado em 1998, na revista Prevention & Treatment, da Associação Americana de Psicologia. Aqui, um parêntese. O título do trabalho tem um quê de provocação, uma espécie de resposta ao best-seller Ouvindo o Prozac, do psiquiatra americano Peter Kramer, sobre as benesses do antidepressivo tido como a "pílula da felicidade". A partir da metanálise de dezenove pesquisas, com 2 300 pacientes diagnosticados com depressão, Kirsch chegou à conclusão de que apenas 25% da melhora obtida com antidepressivos está associada à substância ativa do remédio. O restante deve-se em grande parte ao efeito placebo - e, em menor escala, à evolução da doença. Em 2002, Kirsch juntou outros 38 estudos ao trabalho anterior. Com a nova compilação, o índice de eficácia proporcionado pelos antidepressivos caiu para 18%. Seis anos mais tarde, o psicólogo reconheceria a superioridade dos medicamentos de verdade para os casos de depressão muito grave. Mas, ainda assim, a vantagem dos antidepressivos sobre o placebo seria pequena (veja o quadro).

Na realidade, as metanálises de Kirsch não revelam nenhuma novidade. O efeito placebo é conhecido e descrito desde o século XVIII e não pressupõe apenas a administração de uma substância inerte. Um médico atencioso, um exame diagnóstico e o otimismo do doente em relação ao tratamento contribuem sobremaneira para a sua recuperação. Quanto maior o componente psicológico de um distúrbio, maior será a sua suscetibilidade ao efeito placebo. Como tal, a depressão não escapa à regra. Os mecanismos biológicos envolvidos no efeito placebo ainda não foram completamente compreendidos, mas uma das hipóteses mais aceitas é que ele seria deflagrado pela liberação de endorfina, um analgésico produzido pelo próprio organismo, e de dopamina, substância capaz de fazer o cérebro repetir processos prazerosos - como a melhora de uma doença.

No caso da depressão, a cascata química desencadeada pelo efeito placebo atua diretamente nos mecanismos psíquicos que estão na origem da doença - a autoestima do paciente, suas expectativas em relação à vida, sua disposição física e mental... "O efeito placebo tem eficácia terapêutica", diz o neurocientista Renato Sabbatini, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Portanto, é difícil, sobretudo no campo da psiquiatria, determinar com precisão o que é resultado da intervenção química do remédio e o que é produto de seu efeito placebo. Escreve o médico canadense Grant Thompson, no livro The Placebo Effect and Health (O Efeito Placebo e Saúde): "O efeito placebo não é um inimigo". Em entrevista a VEJA, o psicólogo Kirsch defende: "Eu concordo plenamente que o efeito placebo é importante. Mas, se um remédio apenas evoca o efeito placebo, não deveria ser usado".

Não é o caso dos antidepressivos. Nove especialistas ouvidos por VEJA, entre psiquiatras, neurocientistas, farmacologistas e psicanalistas, são peremptórios em dizer que uma diferença de eficácia da ordem de 18% ou 25% entre a ação de um medicamento e a do placebo não é pouca coisa. "Para um deprimido grave, é o que pode fazer toda a diferença", diz o psicofarmacologista Elisaldo Carlini, professor da Universidade Federal de São Paulo. Descobertos nos anos 50, os remédios contra a depressão têm por objetivo restabelecer a química cerebral de modo a que as pessoas consigam enfrentar a vida cotidiana e seus problemas. Imagine um par de óculos com as lentes embaçadas... O antidepressivo é aquele pedacinho de pano usado para limpá-las, desanuviando a mente. "Nos casos mais graves, o remédio funciona como um curativo, que protege a ferida", explica a psiquiatra Laura de Andrade, da Universidade de São Paulo. "Com ele, o doente consegue seguir o dia a dia sem se machucar ainda mais."

A mais comum das doenças psiquiátricas, a depressão ainda desafia a medicina. Suas origens biológicas e suas causas não foram totalmente desvendadas. Até pouco tempo atrás, acreditava-se que a doença surgia da carência no cérebro de neurotransmissores, associados às sensações de prazer, autoconfiança, apetite e libido, entre outras. A hipótese mais aceita hoje é a de que a depressão está ligada ao mau uso que o cérebro faz de tais substâncias (veja o quadro). O tratamento também não é simples. Ao contrário. Há de se levar em conta os vários tipos de depressão e as inúmeras substâncias antidepressivas no mercado - há pelo menos sessenta delas à venda no Brasil. Descobrir o medicamento mais adequado a cada paciente é um trabalho, na maioria dos casos, de tentativa e erro. Apenas 37% dos doentes encontram alívio com o primeiro remédio prescrito por seus médicos. "Nos estudos que serviram de base às metanálises de Kirsch, é possível, por exemplo, que pacientes incluídos em pesquisas com inibidores seletivos de recaptação de serotonina reagissem melhor a outras classes de antidepressivos", diz o psiquiatra Valentim Gentil Filho, da Universidade de São Paulo. Além disso, pacientes com quadros depressivos semelhantes podem responder de forma completamente distinta a um mesmo tratamento. Por causa de tamanha complexidade, fica difícil tomar ao pé da letra os resultados das análises feitas por Kirsch. As nuances do tratamento da depressão são, em geral, mais bem compreendidas na prática clínica que nas revisões estatísticas.


Fonte: Veja

Cyberbullying preocupa 16% dos internautas jovens no Brasil, diz pesquisa

A prática do cyberbullying, ou intimi-dação virtual, representa um dos maiores riscos da internet para 16% dos jovens brasileiros conectados à rede. Isso é o que mostra uma pesquisa realizada em fevereiro de 2010 pela Safernet, ONG de defesa dos direitos humanos na internet, envolvendo 2.160 internautas do país com idades entre 10 e 17 anos.

Esse mesmo estudo indica que 38% dos jovens reconhecem ter um amigo que já foi vítima de cyberbullying – quando sofrem atitudes agressivas, intencionais e repetitivas no universo virtual, vindas de uma pessoa ou de um grupo. Os números mostram, no entanto, que apenas 7% dos entrevistados já ouviram o desabafo de seus amigos sobre a vivência de situações de agressão e humilhação na internet.

Uma pesquisa global, da empresa de segurança Trend Micro, indica que um terço dos jovens ativos na internet já passou por situações semelhantes. Também por conta dessa prática agressiva, o Dia da Internet Segura, realizado em 55 países nesta terça-feira (9), teve o tema “pense antes de postar”, com um alerta sobre os perigos das informações que são divulgadas de forma irresponsável na web.

Consequências extremas

Um exemplo bastante conhecido sobre as conseqüências negativas e extremas do cyberbullying é o da jovem Megan Meier, que se suicidou nos Estados Unidos em 2006, aos 13 anos. A responsável pela intimidação virtual da jovem foi Lori Drew, de 49 anos. Ela criou um perfil falso no MySpace de um jovem de 16 anos para humilhar Megan, que teria espalhado boatos sobre sua filha. Ambas eram vizinhas e frequentavam a mesma escola em St. Louis, no Estado do Missouri.

Megan tinha histórico de depressão e passou a trocar mensagens com o "rapaz", que dizia ter acabado de se mudar para o mesmo bairro. Meses depois, o falso jovem rompeu a amizade virtual com Megan, em uma mensagem que dizia que "o mundo ficaria melhor sem ela". Em seguida, a jovem se enforcou.

Brasil

O Brasil não tem casos tão emblemáticos, mas a prática do cyberbullying também é comum por aqui. Comunidades e perfis falsos no Orkut, contas fraudulentas no Twitter e blogs anônimos são algumas das formas encontradas pelos agressores virtuais para atormentar suas vítimas.

Na comunidade “Sofro ou já sofri bullying”, no Orkut, por exemplo, é possível encontrar o depoimento anônimo de uma pessoa que diz ser agredida virtualmente por colegas de sua escola, em Salvador. “Ultimamente algumas meninas (mesmo eu mudando de sala, elas ainda me atormentam) andam me chamando de vaca pelo Orkut. Pelos comentários de fotos da minha melhor amiga. Ela já tentou apagar, mas sempre botam de novo”, escreveu a vítima, descrevendo em seguida algumas frases de suas agressoras.

O caso da ex-estudante de Turismo Geisy Arruda, que em novembro do ano passado foi hostilizada por ir à universidade usando um vestido curto, poderia ter se tornado um caso de cyberbullyng se a jovem não tivesse revertido a situação a seu favor. Depois de ser escoltada por policiais para sair da Uniban, em São Bernardo do Campo (SP), o vídeo dos estudantes xingando Geisy foi parar no YouTube e o link passou a ser twittado por diversos internautas brasileiros, contribuindo assim para a fama repentina da loira. A primeira reação de muitos internautas foi xingar e criticar a então estudante.

No meio do turbilhão, ela participou de diversos programas de TV, reportagens para os maiores veículos de comunicação nacionais e chegou a aparecer no “New York Times”. Passada a confusão, Geisy aproveita o lado bom da fama: terá destaque em desfiles no Carnaval, fez cirurgias estéticas pagas por simpatizantes e atraiu um público virtual de mais de 7 mil pessoas no Bate-Papo do UOL, no final de janeiro.


Fonte: UOL

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Unasul oferece R$ 554 milhões para reconstruir o Haiti

A União de Nações Sul-Ameri-canas (Unasul) resolveu nesta terça-feira (7) em Quito, no Equador, criar um fundo de até US$ 100 milhões (R$ 185 milhões) e pedir ao Banco Interamericano de Desenvol-vimento (BID) um crédito de mais US$ 200 milhões (R$ 370 milhões) para apoiar a reconstrução do Haiti, devastado por um terremoto no último dia 12 de janeiro.

O organismo, que fez uma cúpula extraordinária com a participação do presidente do Haiti, René Preval, decidiu promover ações conjuntas para canalizar a ajuda humanitária e impulsionar trabalhos de reconstrução mediante um plano coordenado com o governo haitiano.

Nesse contexto, os doze países membros da Unasul decidiram em consenso criar um fundo de cerca de US$ 100 milhões (R$ 185 milhões) para financiar obras nos setores viário, agrícola e da saúde, com contribuições que dependerão do Produto Interno Bruto (PIB) de cada país.

Mesmo assim, solicitarão ao BID um empréstimo de até US$ 200 milhões (R$ 370 milhões) a longo prazo, que será "garantido e assumido" pela Unasul.

As nações sul-americanas tomaram essas decisões depois de aprovarem uma proposta neste sentido do presidente peruano, Alan Garcia.



Fonte: R7

Álcool e fumo afetam fertilidade

Duas pesquisas inéditas, reali-zadas com homens goianos inférteis, comprovam a relação direta entre a infertilidade e o consumo frequente de álcool e fumo. Os estudos analisaram o material genético desses homens, que procuraram ajuda médica juntamente com suas mulheres para a dificuldade de o casal ter filhos. Quase três de cada dez homens que declararam consumir bebidas alcoólicas manifestaram baixa ou nula produção de espermatozóides. Entre os fumantes, a variação é até nove vezes maior, em comparação com quem não fuma. Esses fatores se potencializam quando somados a uma predisposição genética para o problema.

Pesquisas em andamento analisam os efeitos da bebida e do cigarro para a infertilidade feminina. Outros fatores são estudados, como o uso de medicamentos anticoncepcionais e a prática de exercícios físicos. “O anticoncepcional faz demorar o surgimento da endometriose, doença que provoca infertilidade, mas ainda não há certeza científica sobre isso”, afirma a doutora em Biologia Molecular Kátia Karina Verolli Moura, professora da Pontífica Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) e coordenadora do Grupo de Genética Molecular, autora dos estudos.

O Grupo de Genética Molecular da PUC-GO realizou outros dois estudos com conclusões importantes para homens e mulheres inférteis. Cada um dos quatro levantamentos analisou um gene diferente, cuja variação ou mutação pode determinar se o casal tem condições genéticas para ter filhos (veja no quadro da página 5).

Os pesquisadores descobriram que 78,9% dos homens com alteração do número de espermatozóides apresentam uma variação num gene específico. O grupo também descobriu as razões para a manifestação da endometriose nas mulheres.

A doença, em que células do útero chegam ao abdome e provocam infecção e dor intensa, está entre as principais causas de infertilidade feminina. A raiz genética do problema é um entrave nos tratamentos para a infertilidade.

As amostras de sangue utilizadas nas quatro pesquisas foram coletadas de pacientes do Laboratório de Reprodução Humana do Hospital das Clínicas (HC) da Universidade Federal de Goiás (UFG), o único em Goiás que oferece tratamento público, do início ao fim, para casais inférteis. Já o laboratório da PUC-GO é o único que faz exames genéticos gratuitamente, basicamente para casais que estão em tratamento no HC. O hospital atende 45 pessoas por dia, em média. Já o laboratório da PUC realiza de 20 a 30 exames por mês.

Cada exame rende um material que é útil nas pesquisas. Foi assim com os 206 homens utilizados na pesquisa com o andrógeno, um hormônio sexual masculino importante para a formação dos espermatozóides. O gene decisivo para a produção do andrógeno sofre influência do álcool no organismo, como constatou o estudo.

Quase 30% dos homens que, no HC, apresentaram baixa ou nenhuma produção de espermatozóide declararam consumir álcool. Em alguns casos, foram identificadas alterações no formato do espermatozóide, que impedem a fecundação com o óvulo. “Uma quantidade insignificante de homens que não bebem apresentou mutações”, afirma Kátia Karina.

No caso do cigarro, a influência é mais negativa para a fertilidade masculina quando associada a uma predisposição genética para o problema. O gene responsável pela produção do estrogênio, outro hormônio importante para a regulação da fertilidade, pode sofrer alterações que, associadas ao fumo, decidem se o homem será fértil ou não.

Após a análise de amostras de sangue de 157 goianos inférteis e 125 férteis, os pesquisadores do Grupo de Genética Molecular concluíram que a variação do gene é quatro vezes maior em homens com baixa produção de espermatozóides, cinco vezes maior em homens com nenhuma produção e sete vezes maior naqueles com formatos alterados do espermatozóide. “O fumo, associado a esses polimorfismos, pode levar à diminuição ou até à ausência de espermatozóides”, diz Kátia Karina.


Fonte: O Popular

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Insônia: condição pode estar associada à perda de volume do cérebro

Situações de estresse crônico e severo, como aquelas ligadas à depressão e ao estresse pós-traumático, podem estar associadas à sensibilização de regiões do cérebro relacionadas com a formação da memória. Um novo estudo sugere que a insônia crônica pode ser outra condição que também contribui para o que os pesquisadores chamam de redução do volume cortical.

Ellemarije Altena e Ysbrand van der Werf, pesquisadores ligados ao Instituto de Neurociências da Holanda, afirmam que o volume do cérebro de pessoas com insônia crônica e que tinham uma boa saúde mental, possuía um volume menor de massa cinzenta em determinadas partes do córtex cerebral. Essa variação de volume estava, com grande margem de certeza, associada ao grau de insônia desses indivíduos.

“O estudo mostra, pela primeira vez, que pacientes com insônia possuem um menor volume de massa cinzenta em partes do cérebro, o que influencia na percepção dos estímulos de prazer – relacionada, entre outras coisas, ao conforto durante o sono –, assim como tem ligações com as variações do ‘estado de descanso’ do cérebro. Quanto piores os problemas de insônia, menos matéria cinza pode ser observada”, diz Altena.

Além disso, observa a pesquisadora, insones têm grande dificuldade de reconhecer situações em que se sentem confortáveis. John Krystal, pesquisador da Escola de Medicina da Universidade de Yale e responsável pela publicação do estudo publicado no periódico Biological Psychiatry, diz que “a insônia é uma condição que quase sempre vem associada a transtornos mentais ou a altos níveis de estresse diário”.

O novo estudo deixa claro que pode haver riscos adicionais para as pessoas que não tratam adequadamente os distúrbios do sono, como os efeitos observados na diminuição da massa encefálica, finaliza Krystal.


Fonte: UOL

Bebida demais, comida de menos

Embora esteja no peso ideal ou ligeira-mente abaixo dele, Camila* jamais descuida do corpo. Preocupa-se com a silhueta a ponto de seguir um treino diário na academia e excluir doces e frituras do cardápio. Larissa* obedece a um menu ainda mais espartano: além de gorduras e doces, não come massas.

Psicóloga e publicitária moram em Florianópolis (SC), têm pouco mais de 30 anos e, além de dividirem a preocupação excessiva com o corpo, têm outro ponto em comum: os regimes restritivos que seguem não excluem excessos alcoólicos frequentes. No prato, saladinha. No copo, vinho, cerveja, espumante ou vodka. O enjoo no dia seguinte chega a ser apontado como efeito positivo.

– Acho bom porque não consigo comer nada no outro dia. Depois de um fim de semana de balada, perco uns dois quilos – conta a psicóloga.

Substituir refeições por álcool, trocar as calorias de grupos alimentares por aquelas contidas nas bebidas ou ainda utilizá-las para aplacar ansiedade e vazio no estômago geram um comportamento de risco que recentemente foi batizado de alcoolrexia, anorexia alcoólica ou drunkorexia (drunk significa bêbado em inglês). Os nomes não são oficiais, assim como o comportamento não é considerado um transtorno alimentar atualmente, mas especialistas alertam para o aumento no número de meninas que apresentam esse traço.

– A valorização cultural da magreza e a aceitação social do uso de álcool pelos jovens têm provocado o aumento de casos, mas não há dados sobre quantas pessoas apresentam esse comportamento – explica Eduardo Wagner Aratangy, supervisor do Programa de Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP.

Seja por mecanismos calóricos ou cerebrais, o álcool, de fato, pode dar sensação de saciedade.

– O álcool libera dopamina, neurotransmissor que diminui a ansiedade. Quando estamos com fome, ficamos mais ansiosos. O álcool relaxa. Ele também tem um aporte calórico, mas não tem proteína nem aminoácido – explica o psiquiatra Marcos Zaleski.

A combinação entre abuso de álcool e falta de nutrientes pode causar desnutrição e gastrite, além de lesões hepáticas que podem resultar em hepatite e câncer. Do ponto de vista psiquiátrico, pode provocar ansiedade e depressão.

*Os nomes foram trocados a pedido das entrevistadas


Fonte: Pioneiro