Embora esteja no peso ideal ou ligeira-mente abaixo dele, Camila* jamais descuida do corpo. Preocupa-se com a silhueta a ponto de seguir um treino diário na academia e excluir doces e frituras do cardápio. Larissa* obedece a um menu ainda mais espartano: além de gorduras e doces, não come massas.
Psicóloga e publicitária moram em Florianópolis (SC), têm pouco mais de 30 anos e, além de dividirem a preocupação excessiva com o corpo, têm outro ponto em comum: os regimes restritivos que seguem não excluem excessos alcoólicos frequentes. No prato, saladinha. No copo, vinho, cerveja, espumante ou vodka. O enjoo no dia seguinte chega a ser apontado como efeito positivo.
– Acho bom porque não consigo comer nada no outro dia. Depois de um fim de semana de balada, perco uns dois quilos – conta a psicóloga.
Substituir refeições por álcool, trocar as calorias de grupos alimentares por aquelas contidas nas bebidas ou ainda utilizá-las para aplacar ansiedade e vazio no estômago geram um comportamento de risco que recentemente foi batizado de alcoolrexia, anorexia alcoólica ou drunkorexia (drunk significa bêbado em inglês). Os nomes não são oficiais, assim como o comportamento não é considerado um transtorno alimentar atualmente, mas especialistas alertam para o aumento no número de meninas que apresentam esse traço.
– A valorização cultural da magreza e a aceitação social do uso de álcool pelos jovens têm provocado o aumento de casos, mas não há dados sobre quantas pessoas apresentam esse comportamento – explica Eduardo Wagner Aratangy, supervisor do Programa de Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP.
Seja por mecanismos calóricos ou cerebrais, o álcool, de fato, pode dar sensação de saciedade.
– O álcool libera dopamina, neurotransmissor que diminui a ansiedade. Quando estamos com fome, ficamos mais ansiosos. O álcool relaxa. Ele também tem um aporte calórico, mas não tem proteína nem aminoácido – explica o psiquiatra Marcos Zaleski.
A combinação entre abuso de álcool e falta de nutrientes pode causar desnutrição e gastrite, além de lesões hepáticas que podem resultar em hepatite e câncer. Do ponto de vista psiquiátrico, pode provocar ansiedade e depressão.
*Os nomes foram trocados a pedido das entrevistadas
Fonte: Pioneiro
Psicóloga e publicitária moram em Florianópolis (SC), têm pouco mais de 30 anos e, além de dividirem a preocupação excessiva com o corpo, têm outro ponto em comum: os regimes restritivos que seguem não excluem excessos alcoólicos frequentes. No prato, saladinha. No copo, vinho, cerveja, espumante ou vodka. O enjoo no dia seguinte chega a ser apontado como efeito positivo.
– Acho bom porque não consigo comer nada no outro dia. Depois de um fim de semana de balada, perco uns dois quilos – conta a psicóloga.
Substituir refeições por álcool, trocar as calorias de grupos alimentares por aquelas contidas nas bebidas ou ainda utilizá-las para aplacar ansiedade e vazio no estômago geram um comportamento de risco que recentemente foi batizado de alcoolrexia, anorexia alcoólica ou drunkorexia (drunk significa bêbado em inglês). Os nomes não são oficiais, assim como o comportamento não é considerado um transtorno alimentar atualmente, mas especialistas alertam para o aumento no número de meninas que apresentam esse traço.
– A valorização cultural da magreza e a aceitação social do uso de álcool pelos jovens têm provocado o aumento de casos, mas não há dados sobre quantas pessoas apresentam esse comportamento – explica Eduardo Wagner Aratangy, supervisor do Programa de Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP.
Seja por mecanismos calóricos ou cerebrais, o álcool, de fato, pode dar sensação de saciedade.
– O álcool libera dopamina, neurotransmissor que diminui a ansiedade. Quando estamos com fome, ficamos mais ansiosos. O álcool relaxa. Ele também tem um aporte calórico, mas não tem proteína nem aminoácido – explica o psiquiatra Marcos Zaleski.
A combinação entre abuso de álcool e falta de nutrientes pode causar desnutrição e gastrite, além de lesões hepáticas que podem resultar em hepatite e câncer. Do ponto de vista psiquiátrico, pode provocar ansiedade e depressão.
*Os nomes foram trocados a pedido das entrevistadas
Fonte: Pioneiro
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