A briga no trânsito, de tanto acontecer, virou estatística. Gente que, de uma hora para outra, vira bicho. Tem explicação? Já se contam às centenas os casos que, diariamente, nós vemos pelas ruas.
Curitiba, plena luz do dia. Um motorista se irritou com o caminhão de uma floricultura parado no meio da avenida e agrediu o dono da loja. A filha do comerciante e outras duas mulheres revidaram e atacaram o rapaz.
Quando tudo parecia terminado, ele voltou ao carro e com uma caneta atacou a jovem. Uma mulher usou um pedaço de madeira. O comerciante e o motorista voltaram a se atracar. Seis pessoas tiveram que separar os dois.
Ferida, a moça tenta impedir que o rapaz e o pai dele deixassem o local. Mas eles foram embora antes da chegada da polícia.
Impaciência? Intolerância? Nenhum motorista gosta de admitir que perde a cabeça. É sempre o outro.
“Nunca perdi a cabeça no trânsito”, diz um motorista.
“Não sou de briga”, garante um homem.
Mas são cada vez maiores os relatos de agressões no trânsito.
“Já viu gente ser agredida na minha frente. O pessoal se engalfinha, briga à toa”, observa um motorista.
Só Em São Paulo, o disque 190 da Polícia Militar recebe por dia 400 registros. Seria maior não fosse o medo. O publicitário Thiago Vieira estava no carro parado no farol quando um motorista bateu na traseira do veículo. O rapaz desceu e partiu para cima dele. Socorrido por quem passava pelo local, ele não quis prestar queixa.
“Não sei do que o ser humano é capaz. O que pode ser capaz uma pessoa enfurecida. Talvez ele estivesse com outros problemas e descontou na hora. Eu não queria pagar para ver e preferi eu mesmo pagar meu prejuízo e evitar maiores aborrecimentos para mim”, diz o publicitário.
Especialistas em trânsito dizem que a relação do brasileiro com o carro tem a ver com status e poder. Dominar o veículo, as ruas, impedir ultrapassagens são formas de exibição. Da combinação de problemas em casa, no trabalho e de um trânsito caótico pode nascer a violência.
São flagrantes como o de uma grávida. Ela quase apanhou depois que tentou socorrer o marido durante uma briga de trânsito. E a morte trágica de Alexandre de Andrade, de 18 anos, que levou um tiro disparado por outro motorista.
No caso de Curitiba, um grupo inteiro perdeu a cabeça. O alerta é do psiquiatra Júlio César Fontana Rosa: isso pode acontecer até mesmo com pessoas que não tenham antecedente de agressividade.
“Em determinadas situações que você tem tempo para refletir, você deixa de realizar aquele ato. Algumas pessoas não conseguem ter essa reflexão. Temos que ficar atentos porque o trânsito está nos levando a situações de impaciência onde estamos explodindo. Em São Paulo já está difícil de o sujeito aceitar que o carro da frente fique a 10 metros do seu, por exemplo”, explica o psiquiatra da ABRAMET Júlio César Fontana Rosa.
A partir de 1 de julho quem se envolver em um acidente grave de trânsito terá a carteira suspensa e será obrigado a passar por exames físicos e psicológicos. Ficará a cargo da autoridade de trânsito local definir o que é acidente grave.
Curitiba, plena luz do dia. Um motorista se irritou com o caminhão de uma floricultura parado no meio da avenida e agrediu o dono da loja. A filha do comerciante e outras duas mulheres revidaram e atacaram o rapaz.
Quando tudo parecia terminado, ele voltou ao carro e com uma caneta atacou a jovem. Uma mulher usou um pedaço de madeira. O comerciante e o motorista voltaram a se atracar. Seis pessoas tiveram que separar os dois.
Ferida, a moça tenta impedir que o rapaz e o pai dele deixassem o local. Mas eles foram embora antes da chegada da polícia.
Impaciência? Intolerância? Nenhum motorista gosta de admitir que perde a cabeça. É sempre o outro.
“Nunca perdi a cabeça no trânsito”, diz um motorista.
“Não sou de briga”, garante um homem.
Mas são cada vez maiores os relatos de agressões no trânsito.
“Já viu gente ser agredida na minha frente. O pessoal se engalfinha, briga à toa”, observa um motorista.
Só Em São Paulo, o disque 190 da Polícia Militar recebe por dia 400 registros. Seria maior não fosse o medo. O publicitário Thiago Vieira estava no carro parado no farol quando um motorista bateu na traseira do veículo. O rapaz desceu e partiu para cima dele. Socorrido por quem passava pelo local, ele não quis prestar queixa.
“Não sei do que o ser humano é capaz. O que pode ser capaz uma pessoa enfurecida. Talvez ele estivesse com outros problemas e descontou na hora. Eu não queria pagar para ver e preferi eu mesmo pagar meu prejuízo e evitar maiores aborrecimentos para mim”, diz o publicitário.
Especialistas em trânsito dizem que a relação do brasileiro com o carro tem a ver com status e poder. Dominar o veículo, as ruas, impedir ultrapassagens são formas de exibição. Da combinação de problemas em casa, no trabalho e de um trânsito caótico pode nascer a violência.
São flagrantes como o de uma grávida. Ela quase apanhou depois que tentou socorrer o marido durante uma briga de trânsito. E a morte trágica de Alexandre de Andrade, de 18 anos, que levou um tiro disparado por outro motorista.
No caso de Curitiba, um grupo inteiro perdeu a cabeça. O alerta é do psiquiatra Júlio César Fontana Rosa: isso pode acontecer até mesmo com pessoas que não tenham antecedente de agressividade.
“Em determinadas situações que você tem tempo para refletir, você deixa de realizar aquele ato. Algumas pessoas não conseguem ter essa reflexão. Temos que ficar atentos porque o trânsito está nos levando a situações de impaciência onde estamos explodindo. Em São Paulo já está difícil de o sujeito aceitar que o carro da frente fique a 10 metros do seu, por exemplo”, explica o psiquiatra da ABRAMET Júlio César Fontana Rosa.
A partir de 1 de julho quem se envolver em um acidente grave de trânsito terá a carteira suspensa e será obrigado a passar por exames físicos e psicológicos. Ficará a cargo da autoridade de trânsito local definir o que é acidente grave.
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Fonte: Bom Dia Brasil
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