quinta-feira, 3 de março de 2011

Nova Zelândia encerra buscas por sobreviventes de terremoto

Número de mortos está em 161, mas pode chegar a 240.

As autoridades neozelandesas reorientaram nesta quinta-feira (3) os trabalhos de resgate para as buscas por corpos, após descartar que existam sobreviventes debaixo dos escombros dos edifícios destruídos pelo terremoto que sacudiu a cidade de Christchurch em 22 de fevereiro.

"Infelizmente, dado o tempo transcorrido, chegou o momento de concentrar os esforços na recuperação de cadáveres", disse o chefe da Defesa Civil, John Hamilton, em entrevista coletiva.

Uma equipe internacional de 900 pessoas trabalha nas tarefas de resgate e reconstrução, mas os familiares de desaparecidos já perderam a esperança de encontrar alguém com vida.

A polícia revelou as identidades dos primeiros estrangeiros mortos em decorrência do terremoto: os corpos de dois jovens excursionistas israelenses, de 22 e 23 anos, foram encontrados entre os escombros de um dos edifícios destruídos em Chrischurch. Segundo o ministro de Assuntos Exteriores neozalandês, Murray McCully, o tremor de 6,3 graus de magnitude vitimou cerca de 100 estrangeiros de 20 nacionalidades diferentes.

Por enquanto, o número oficial de mortos é de 161, mas as autoridades, que não divulgarão as nacionalidades nem os nomes das vítimas até ter certeza sobre suas identidades, estimam que chegará a 240 após a conclusão das buscas.

As réplicas do terremoto, de até 4,7 graus de magnitude, dificultam o trabalho das equipes de emergência, que estão há nove dias trabalhando entre as ruínas e os escombros.


A cidade de Christchurch (Nova Zelândia) ficou destruída após o terremoto.

Segundo a Swiss Re, uma das principais seguradoras do mundo, os danos causados pelo tremor custarão às companhias de seguros entre US$ 6 bilhões e US$ 12 bilhões.

Na terça-feira (1º), o primeiro-ministro do país, John Key, se comprometeu a criar uma comissão de investigação para esclarecer por que tantos edifícios desabaram como castelos de cartas em uma área propensa à atividade sísmica como Christchurch, que há seis meses sofreu um tremor de 7 graus de magnitude.

O ministro das Finanças, Bill English, adiantou que o Produto Interno Bruto (PIB) não crescerá pelo menos até junho, e alguns analistas advertiram que a fatura pelo tremor de terra poderá chegar a US$ 12 bilhões.

Fonte: G1

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