sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Fiocruz fará mapeamento de usuários de crack e levantará os principais pontos de tráfico do Brasil

Usuários de Crack serão mapeados

SÃO PAULO - A Fiocruz vai mapear quantos usuários de crack e outras drogas existem no país e onde estão os principais pontos de tráfico. O levantamento será financiado pelo Ministério da Saúde. Foi o que afirmou ontem o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante encontro com médicos em São Paulo.

- Esse é um pedido especial da presidente Dilma Rousseff (PT). Será um dado fundamental para que a gente saiba o número real de usuários, onde está acontecendo isso para aprimorarmos os serviços de atenção à saúde no país. A saúde e outras políticas, como na segurança, assistência social, inclusão social e geração de renda. E precisamos combater, principalmente, o crack - afirmou ele.

O secretário de Saúde de São Paulo, Giovanni Guido Cerri, pediu apoio ao ministro para um programa de tratamento aos usuários de drogas. Em novembro do ano passado, um grupo de pesquisa coordenado pelo pesquisador Francisco Inácio Bastos, da Fiocruz, fez o treinamento de profissionais que vão mapear cenas de uso de crack nas 27 capitais. O mapeamento é uma das etapas preparatórias do inquérito nacional.

De acordo com Neilane Bertoni, membro do grupo de pesquisa e uma das coordenadoras do inquérito, o treinamento serviu para explicar como as equipes seriam divididas e o modo como o mapeamento seria realizado. O foco serão as cenas de uso de drogas, e não a dinâmica de compra e venda.

A última etapa da pesquisa investigará o perfil dos usuários de drogas. A intenção é fazer um questionário que consiga abordar questões como comportamento de risco, doenças não infecciosas, transtornos mentais, interação com outras drogas, além de fazer testes de HIV, hepatites e tuberculose. A Fiocruz espera ter esses dados coletados até maio para conseguir finalizar o mapa no início de 2012. O ministro Padilha disse ainda que pretende conversar com os fabricantes de gêneros alimentícios para debater metas de redução de sódio, açúcar e calorias dos produtos.

- Sou a favor de qualquer iniciativa que possa promover hábitos saudáveis no país - disse Padilha.

Fonte: O Globo






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