A enxurrada de hormônios que corre pelo corpo de mulheres grávidas pode influenciar o desenvolvimento do organismo de seus filhos.
“Há duas possibilidades. Uma delas indica que essas crianças serão mais sensíveis ao estresse e responderão de forma mais vigorosa a isso, e outra que aponta para o fato dessas crianças talvez não conseguirem, uma vez estimuladas, ‘desligar’ a sensação constante de estresse”, diz Delia Vazquez, principal autora do estudo feito pela Universidade do Michigan, nos EUA.
O foco principal da pesquisa – publicada no periódico Infant Behavior and Development – analisou o efeito da depressão maternal no desenvolvimento do sistema neuroendócrino, que controla a resposta do corpo ao estresse, além do humor e emoções.
Com duas semanas de idade essas crianças são mais sensíveis aos estímulos visuais e sonoros – um sinal precoce de maturidade neurológica – além de terem uma menor força muscular. “É difícil saber se essas diferenças são boas ou ruins e se o impacto disso pode afetar muito drasticamente a saúde desses indivíduos. Mas o fato é que essas crianças têm alterações quando comparadas aos filhos de mães saudáveis”, diz Sheila Marcus, outra pesquisadora que participou do estudo.
“Esse é o início de uma pesquisa que precisará coletar dados diversos para definir quais são os pontos críticos dessas diferenças. Isso nos ajudará a identificar mães que precisem de atenção especial durante a gravidez ou crianças que terão de participar de algum programa especializado no pós-parto a fim de protegê-las contra problemas de saúde mais graves”, completa.
Os pesquisadores, entretanto, afirmam que não é preciso ficar alarmado, mas futuras mães com traços depressivos devem procurar um psicólogo. Além disso, terapias que reforcem o laço afetivo entre mãe e filhos devem ser motivadas pelos parceiros e familiares próximos como forma de fortalecer o sentimento de apoio dessas crianças no futuro. Os autores lembram ainda que a depressão pós-parto e o baby blues não são casos incomuns em jovens mães ou mesmo mulheres grávidas que já tiveram filhos anteriormente.
com informações da University of Michigan Health System
Fonte: O que eu tenho
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