O vício em videogame ganha números cada vez maiores, ano após ano, em todo o mundo. Esse fenômeno leva a uma piora no rendimento acadêmico e problemas psicológicos diversos, incluindo depressão, ansiedade e fobia social. Essas conclusões vieram de um estudo que acompanhou mais de 3 mil estudantes adolescentes do ensino médio.
A pesquisa – capitaneada por Douglas Gentile e publicada no periódico Pediatrics – coletou dados em Singapura e a porcentagem de jovens jogadores que haviam desenvolvido o transtorno foi muito próxima à encontrada em outros países, onde pesquisas similares haviam sido feitas. Além disso, Gentile e sua equipe observaram que quanto maior o tempo na frente do videogame (jogos eletrônicos), pior nível de habilidades sociais e maior nível de impulsividade são fatores de risco para que esses adolescentes desenvolvessem um padrão patológico de jogo (determinado a partir de um teste padrão).
O acompanhamento desses jovens foi feito durante dois anos (entre 2007 e 2009) e incluía dados sobre o número médio de horas jogadas durante a semana, nível de impulsividade, competência social, depressão, fobia social, ansiedade e desempenho acadêmico. Em média, quase 9% desses alunos podiam ser classificados como desenvolvendo o jogo patológico. Desses, 84% já haviam sido identificados no início do estudo e mostraram os mesmos padrões após dois anos. E apenas 1% dos indivíduos restantes desse grupo se tornaram novos jogadores patológicos.
Para Gentile, o estudo aponta para o fato de que o vício em videogame é similar a outros comportamentos de dependência, pode perdurar por anos – caso não haja nenhum tipo de intervenção – e está correlacionado com o desenvolvimento de outros transtornos. “E esses problemas somente aumentam quanto maior o nível de dependência dos jogos, interrompendo sua curva ascendente quando há um processo de intervenção”, completa o pesquisador.
A pesquisa trabalhou com dados comparativos colhidos nos EUA e na Europa e determinou como linha base para classificação como jogadores patológicos uma média de 31 horas semanais de uso do videogame. Abaixo das 19 horas semanais, o risco dos adolescentes se tornarem dependentes dos jogos era mínimo.
Fonte: O que eu tenho?
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