quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Britânica luta na Justiça para esterilizar filha com doença mental

Mulher com problemas mentais dará à luz seu segundo filho; mãe diz que família não tem condições de cuidar de mais crianças.

Uma britânica entrou na Justiça para tentar esterilizar a filha, que tem problemas mentais e está grávida pela segunda vez. A mãe - identificada apenas como sra. P - espera conseguir uma declaração de que o procedimento será considerado legal e que será realizado no interesse de sua filha - chamada de P.

A jovem de 21 anos deverá dar à luz seu segundo filho nesta semana por meio de cesariana, segundo informa a agência PA.

A questão que será decidida pela Justiça é se P tem ou não capacidade de tomar decisões sobre o uso de contraceptivos e, caso não tenha, se ela deve ser esterilizada por meio de ligamento das trompas.

Em audiência realizada na terça-feira em uma corte em Londres, a sra. P chorou e disse que só quer o melhor para a sua filha. "Algo precisa ser feito. Ela ficou grávida de seu segundo filho bem rápido e o que me preocupa é que, se nada for feito, ela vai engravidar rápido de novo", disse.

A mãe da jovem disse que sua família é unida, mas que não tem condições de criar mais crianças. Ela teme que seus netos sejam tirados de casa pelas autoridades. "Ela (a filha) não entende que nunca mais vai ver essas crianças de novo, porque diz: 'eu sou a mamãe delas'. Ela não entende que elas terão uma nova mamãe", afirmou.

Justiça

Embora tenha dito que compartilha a "ansiedade" da sra. P, o juiz alegou que o caso é "extremamente sério e importante" e adiou a decisão para maio, para que sejam ouvidos especialistas. Uma audiência preliminar ocorrerá em abril.

O caso está sendo julgado no Tribunal de Proteção, que trata de assuntos relacionados a pessoas que não têm capacidade de tomar decisões próprias. A sra. P está sendo representada na corte por um defensor público.

O sigilo deste processo impede que sejam divulgadas as identidades da jovem, de seus familiares e dos médicos que a tratam. Também não podem ser revelados o endereço de P, a unidade de saúde onde ela é atendida e as autoridades locais envolvidas.

Fonte: Globo.com

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