quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Audiência não gera consenso sobre venda de remédios para emagrecer

Os médicos não concordam com a proibição. Dizem que esses medicamentos são importantes no tratamento de pacientes que estão bem acima do peso.

Os remédios para emagrecer não vão sair das prateleiras das farmácias. As autoridades sanitárias adiaram por tempo indeterminado essa decisão. A audiência pública que discutiu nesta quarta-feira (23) em Brasília a proibição ou não da sibutramina e outras três drogas para emagrecer foi longa.

Participaram médicos, farmacêuticos e as autoridades sanitárias. Mas nada. Não conseguiram chegar a um consenso. Os médicos não concordam com a proibição. Dizem que esses medicamentos são importantes no tratamento de pacientes que estão bem acima do peso e que não conseguem mudar hábitos alimentares. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) diz que as substâncias são um risco à saúde.

“Não temos estudos científicos que confirmem benefícios e eficácias do produto ao longo do tempo e há um conjunto de estudos que demonstram ao longo do tempo que riscos cardíacos e riscos associados ao sistema nervoso central são maiores do que os benefícios alcançados na utilização do produto”, alertou Dirceu Barbano, diretor-presidente em exercício da Anvisa.

“O único recurso que temos são esses medicamentos para controlar o apetite. Então, seria um desserviço para esses pacientes a retirada do mercado dessas medicações. Nós esperamos inclusive que seja reconsiderada e que diante das evidências que nós vamos colocar seja, enfim, revista essa posição. Provavelmente será. O objetivo é manter esse medicamento nesse mercado”, opinou Ricardo Meireles, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.

Os médicos lembram ainda que o tratamento da obesidade não deve se basear apenas em medicamentos. Tratamento da obesidade é mudança de hábitos de vida, de hábitos alimentares e de aumento de atividade física.

Fonte: Bom Dia Brasil

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