sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Pesquisadores do INPE falam sobre desastres naturais

De acordo com os especialistas, nos últimos anos, tem ocorrido desastres naturais de grandes proporções, causados principalmente por tempestades severas, inundações e secas.

O seminário Monitoramento e Zoneamento de Desastres Naturais no Rio Grande do Sul, através de Geotecnologias, realizado na última quinta-feira, 21, no auditório da FEPAM, em Porto Alegre, reuniu pesquisadores do Centro Regional Sul do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, técnicos deste segmento e profissionais que atuam na área ambiental. Na pauta, a apresentação dos estudos e ações desenvolvidas pelo Núcleo de Pesquisa e Aplicação de Geotecnologias em Desastres Naturais e Eventos Extremos – Geodesastres-Sul. O chefe do Centro Regional Sul do INPE, Afrânio Righes e a responsável pelo Geodesastres-Sul, Tânia Maria Sausen, participaram do evento.

Os especialistas do INPE salientaram em seus pronunciamentos o aumento da vulnerabilidade para desastres naturais e, consequentemente, o acréscimo dos danos causados por eles. Segundo eles, no Brasil, nos últimos anos, tem ocorrido desastres naturais de grandes proporções, causados principalmente por tempestades severas, inundações e secas.

Para o chefe do Centro Regional Sul do INPE, Afrânio Righes, eventos como esse se constitui em uma oportunidade para chamar a atenção sobre os riscos causados por estes fenômenos, além de promover uma cultura global de redução de risco de desastres e informar sobre a maneira que todos nós podemos contribuir para isto. A assistente executiva da presidência da FEPAM, Maria Elisa dos Santos Rosa, afirmou que a instituição tem buscado, cada vez mais, ampliar sua atuação nas áreas relativas às mudanças climáticas e ao controle e monitoramento da qualidade do ar, visando contribuir para a minimização dos efeitos danosos da poluição e da degradação do ambiente natural. “É, portanto, de grande interesse para a FEPAM conhecer e poder aplicar os resultados de pesquisas do INPE”. Elisa salienta que há interesse de estreitar a parceria com o INPE, visando aprofundar as relações institucionais para reforçar programas e projetos conjuntos.

Dentre as metas do Geodesastres-Sul destacam-se a criação de um banco de dados de desastres naturais da região Sul do Brasil, o desenvolvimento de novas tecnologias para a prevenção e monitoramento dos referidos desastres, utilizando-se de geotecnologias, além de incentivar a adoção de novas metodologias com uso de imagens de satélite e softwares de geoprocessamento gratuitos. Com isso, todas as informações adquiridas poderão ser absorvidas por qualquer instituição, mesmo aquelas com poucos recursos financeiros.

O seminário contou também as palestras dos pesquisadores Tânia Maria Sausen, que falou sobre a missão e metas do Geodesastres Sul; Roberta Araújo Madruga que, em conjunto com Tânia Maria, apresentou o painel Monitoramento de estiagem na Região Sul do Brasil; e, Ânderson Nedel, que relatou o Zoneamento de desastres naturais do Rio Grande do Sul.

Os técnicos reiteram a importância de políticas públicas que visem monitorar e prevenir os impactos dos desastres naturais. Neste aspecto, é fundamental a atuação conjunta do poder público, órgãos públicos e a comunidade organizada para atuarem na prevenção e mitigação desses eventos.

Fonte: Eco Agência

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