O governo federal anunciou nesta sexta-feira (13) que o Brasil se compromete voluntariamente a reduzir as emissões nacionais de gases causadores do efeito estufa em 36,1% a 38,9% até 2020 em relação ao que poluiria se nada fosse feito. Isso quer dizer o seguinte: calculada a tendência de emissão de dióxido de carbono (CO2) e outros similares na próxima década, o Brasil vai tentar contê-la, adotando ações para que o tamanho do estrago ambiental fique menor do que seria se o governo não fizesse nada.
Todos esperavam um número, e acabaram surgindo dois, e ainda por cima com casa decimal. O intervalo foi apresentado nesta sexta-feira (13) pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, em evento que contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. "Nosso objetivo é assumir posição política e mostrar que o Brasil tem compromisso com desenvolvimento sustentável", disse Dilma. Ela explicou que a partir de agora será feito um levantamento das fontes para financiar a redução, com recursos do governo federal, de organismos internacionais, de governos estaduais "que quiserem participar" e da iniciativa privada.
O redutor está dividido em quatro grandes grupos: uso da terra, especialmente controle de desmatamento (24,7% até 2020), agropecuária (4,9% a 6,1%), energia (6,1% a 7,7%) e "outros", especialmente siderurgia, com a substituição de carvão de desmate pelo originário de replantio de árvores (0,3% a 0,4%). "Não é timida (a meta), é bem proximo de 40% e ninguem prometeu 40%. É uma estimativa. Queria pedir a compreensao para o fato de que é uma tentativa forte do governo. Nao é um fiasco", disse Dilma.
A saída de divulgar um intervalo, e não um número, é para abrir espaço de discussão com a comunidade científica, com governos e com os diversos setores produtivos sobre os diversos cenários.
Antes do anúncio, uma reunião que durou cerca de 1 hora e 45 minutos teve também a participação do ministro de Ciência e Tecnologia, Sérgio Resende, de Franklin Martins (Comunicação Social), Antônio Patriota (interino do Ministério das Relações Exteriores), Maurício Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética, e Luiz Pingueli Rosa, coordenador-geral do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas.
A boa intenção brasileira deve ser apresentada na Conferência do Clima das Nações Unidas, em Copenhague, Dinamarca, entre 7 e 18 de dezembro. O Brasil não deve aceitar metas compulsórias , como a ministra Dilma Rousseff já deixou claro.
O anúncio ocorre um dia depois da divulgação pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) de redução de 45% no desmatamento registrado na Amazônia Legal. Foram 7 mil quilômetros quadrados destruídos, mas a taxa foi a menor já registrada em 21 anos de monitoramento. Cerca de metade da taxa anunciada nesta sexta-feira deve ser assegurada por recuo no desmatamento. A outra metade é a mais complicada, porque demanda novas iniciativas para tornar ambientalmente corretos setores como siderurgia e agropecuária. Além disso, a estratégia do governo é investir pesado em combustíveis verdes, como etanol e biomassa.
Os gases-estufa são responsáveis por um aquecimento anormal da temperatura do planeta. Especialistas chegaram a um consenso de que, caso as emissões não sejam controladas e reduzidas, efeitos como maior incidência de secas, derretimento de geleiras, aumento do nível do mar e até intensificação de surtos epidemiológicos, sairão do controle ainda neste século.
Cálculo publicado pelo jornal ‘O Estado de S. Paulo’ esta semana aponta que um “freio de arrumação” de 40% seria a mesma coisa que dizer que o Brasil chegará a 2020 com emissões 19% menores do que as vigentes em 2005. O projeto de lei da gestão Barack Obama em debate no Senado americano , considerado tímido por ambientalistas, fixa uma redução de 20% sobre os níveis de 2005.
Estudo coordenado pelo pesquisador Carlos Cerri, da Universidade de São Paulo, estimou em 2 bilhões de toneladas as emissões brasileiras de gases-estufa em 2005. O país não tem ainda um inventário oficial atualizado de emissões. O MMA projeta para 2020 que o total de emissões do Brasil será de 2,7 bilhões de toneladas, sem ações de controle. Com o freio de 40%, passaria a emitir 1,62 bilhão de toneladas.
Assista AQUI
Fonte: G1
Todos esperavam um número, e acabaram surgindo dois, e ainda por cima com casa decimal. O intervalo foi apresentado nesta sexta-feira (13) pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, em evento que contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. "Nosso objetivo é assumir posição política e mostrar que o Brasil tem compromisso com desenvolvimento sustentável", disse Dilma. Ela explicou que a partir de agora será feito um levantamento das fontes para financiar a redução, com recursos do governo federal, de organismos internacionais, de governos estaduais "que quiserem participar" e da iniciativa privada.
O redutor está dividido em quatro grandes grupos: uso da terra, especialmente controle de desmatamento (24,7% até 2020), agropecuária (4,9% a 6,1%), energia (6,1% a 7,7%) e "outros", especialmente siderurgia, com a substituição de carvão de desmate pelo originário de replantio de árvores (0,3% a 0,4%). "Não é timida (a meta), é bem proximo de 40% e ninguem prometeu 40%. É uma estimativa. Queria pedir a compreensao para o fato de que é uma tentativa forte do governo. Nao é um fiasco", disse Dilma.
A saída de divulgar um intervalo, e não um número, é para abrir espaço de discussão com a comunidade científica, com governos e com os diversos setores produtivos sobre os diversos cenários.
Antes do anúncio, uma reunião que durou cerca de 1 hora e 45 minutos teve também a participação do ministro de Ciência e Tecnologia, Sérgio Resende, de Franklin Martins (Comunicação Social), Antônio Patriota (interino do Ministério das Relações Exteriores), Maurício Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética, e Luiz Pingueli Rosa, coordenador-geral do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas.
A boa intenção brasileira deve ser apresentada na Conferência do Clima das Nações Unidas, em Copenhague, Dinamarca, entre 7 e 18 de dezembro. O Brasil não deve aceitar metas compulsórias , como a ministra Dilma Rousseff já deixou claro.
O anúncio ocorre um dia depois da divulgação pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) de redução de 45% no desmatamento registrado na Amazônia Legal. Foram 7 mil quilômetros quadrados destruídos, mas a taxa foi a menor já registrada em 21 anos de monitoramento. Cerca de metade da taxa anunciada nesta sexta-feira deve ser assegurada por recuo no desmatamento. A outra metade é a mais complicada, porque demanda novas iniciativas para tornar ambientalmente corretos setores como siderurgia e agropecuária. Além disso, a estratégia do governo é investir pesado em combustíveis verdes, como etanol e biomassa.
Os gases-estufa são responsáveis por um aquecimento anormal da temperatura do planeta. Especialistas chegaram a um consenso de que, caso as emissões não sejam controladas e reduzidas, efeitos como maior incidência de secas, derretimento de geleiras, aumento do nível do mar e até intensificação de surtos epidemiológicos, sairão do controle ainda neste século.
Cálculo publicado pelo jornal ‘O Estado de S. Paulo’ esta semana aponta que um “freio de arrumação” de 40% seria a mesma coisa que dizer que o Brasil chegará a 2020 com emissões 19% menores do que as vigentes em 2005. O projeto de lei da gestão Barack Obama em debate no Senado americano , considerado tímido por ambientalistas, fixa uma redução de 20% sobre os níveis de 2005.
Estudo coordenado pelo pesquisador Carlos Cerri, da Universidade de São Paulo, estimou em 2 bilhões de toneladas as emissões brasileiras de gases-estufa em 2005. O país não tem ainda um inventário oficial atualizado de emissões. O MMA projeta para 2020 que o total de emissões do Brasil será de 2,7 bilhões de toneladas, sem ações de controle. Com o freio de 40%, passaria a emitir 1,62 bilhão de toneladas.
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Fonte: G1
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