segunda-feira, 29 de junho de 2009

Obsessão por plásticas pode indicar distúrbio emocional

A síndrome da distor-ção da imagem é um transtorno que altera a percepção corporal e pode se manifestar em indivíduos de ambos os sexos. Em grande parte dos casos, os pacien-tes recorrem às cirur-gias plásticas para mudar seus traços em uma busca vã pela aceitação da auto-imagem.

Segundo Iran Sanches, cirurgião plástico do Hospital São Rafael e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, é possível reconhecer os sinais que indicam a presença do distúrbio. “Ainda que hoje as cirurgias estejam mais acessíveis e a recuperação mais rápida, permitindo a realização de um maior número de procedimento, somos capazes de diferenciar uma pessoa que quer aperfeiçoar os traços, de um paciente com dismorfofobia”.

O especialista afirma que tal distúrbio é provocado por problemas emocionais como baixa autoestima e deve ser tratado com acompanhamento psiquiátrico. “Não importa quantas plásticas essa pessoa faça, dificilmente ficará satisfeita com o resultado. Nesses casos, o que deve prevalecer é o bom senso do profissional”, afirma o médico que conheceu a equipe da Universidade de Nova York, à frente das primeiras cirurgias faciais de Michael Jackson.

Michael Jackson é a representação da busca desmedida por uma imagem irreal e por alterações nem sempre necessárias. “O cantor passou por alterações típicas de pacientes com esse quadro”, afirma Sanchez. Suas intervenções cirúrgicas incluíram procedimentos como rinoplastia para afinar o nariz, mudança no maxilar e nas maçãs do rosto, além de alterações na estrutura óssea. Segundo o cirurgião, tais alterações não foram compatíveis com as feições do pop star.

“O limite entre a perfeição e a complicação é virtual”, diz. “Para evitar complicações dessa ordem, deve-se, em primeiro lugar, respeitar a opinião do profissional, que poderá dizer quais mudanças são ou não viáveis, além de seguir as orientações médicas.”

Entre as recomendações listadas pelo profissional estão respeitar o espaçamento de pelo menos seis meses entre uma cirurgia facial e outra, além de seguir um rigoroso pós-operatório. “As orientações incluem proibição de óculos – capazes de alterar o formato do nariz, evitar traumas na região e proteger-se contra os raios solares”, finaliza o médico.


Fonte: Abril

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