Alexandre Garcia comenta o caso de estupro no campus da UFMS. 'No Brasil, a educação não tem a prioridade absoluta que deveria ter', afirma.
As universidades ofercem uma grande oportunidade de troca de conhecimento. Um lugar de luzes, de abertura, de liberdade e de garantia de vida. Mas o Brasil parece que não aprendeu com suas próprias tragédias, e ficamos condenados a ver um velho filme de terror de novo, a cada hora, a cada dia.
Agora, o cenário foi o campus de Campo Grande (MS). Um foragido do semi-aberto estuprou uma universitária. Há poucos dias em Cunha (SP), um foragido de dois anos atrás, no "Saidão da Páscoa", assassinou duas irmãs. Se olharmos mais para trás, na capital do país, no "Saidão de Natal", um condenado assassinou um casal que tinha um bebê ao lado.
Olhando por aí, vamos ver a repetição desse tipo de autor de crime. Agora é em Campo Grande, já foi no campus da Universidade Federal de Santa Catarina, onde a estudante Maíra Silveira e Souza, de 21 anos, foi assassinada e não foi latrocínio. Ou seja, estupros, furtos, assaltos, sequestros-relâmpagos se repetem em campi universitários mal iluminados e cheios de carros.
Sem educação, não há futuro. Sem educação, não há salvação. No Brasil, a educação não tem a prioridade absoluta que deveria ter. E não é apenas a qualidade medíocre do ensino ou a falta de meios das escolas, mas é também essa questão primária e elementar que é o direito à vida.
Enquanto estamos chocados com mais essa recente tragédia na escola em Realengo, talvez haja esperança de se pensar na segurança nas escolas, do fundamental ao superior. Ou a gente vai continuar vendo reprises de um filme de terror.
Fonte: Telejornal Bom Dia Brasil (Rede GLOBO)
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