As catástrofes que aconteceram devido às chuvas, no mês passado, na região Serrana do Rio de Janeiro, em Minas Gerais, São Paulo e Santa Catarina, e contabilizaram mais de 900 vítimas, nos levam a refletir sobre diversas situações, inclusive sobre como, a partir do ocorrido, a possibilidade de eventos similares, podem desenvolver medo e estresse emocional na população, quando tempestades se aproximam.
Na reportagem “Tempestade à vista: como controlar o medo no período de chuvas”, publicada em janeiro, no Portal O que eu tenho?, levanta questões sobre como as pessoas desenvolvem o medo das tempestades, e como isso pode levar à fobia - um transtorno de ansiedade que desenvolver reações sem correspondência racional e pode paralisar o indivíduo.
A psicóloga Cláudia Ballestero, presidente da Associação dos Portadores de Transtornos de Ansiedade (Aporta), explica que não é só a chuva que causa medo, e que existem outras associações particulares e subjetivas, que também podem desencadear reações emocionas. Por exemplo, o indivíduo passa a pensar no dano econômico da perda (carro, casa, móveis, etc.), na segurança dos familiares, no comprometimento da própria saúde, e até no ”fato de estar anoitecendo”, como mencionou a psicóloga.
A especialista adverte que em situações assim, o melhor é buscar a visão racional do problema, e não se deixar influenciar pelo excesso de sensacionalismo, fundamentado na adversidade, apresentado durante os noticiários. Ela adverte: “nestas situações de alagamentos devido as chuvas, existem pessoas que nunca tiveram problemas, e há também as pessoas que perderam suas casas, que tiveram perdas menores, como um carro, mas não necessariamente é algo que se aproxime da morte ou da catástrofe”. De acordo com Claúdia, estes problemas devem ser vivenciados como situações de aprendizado, indispensáveis para compor repertórios de enfrentamento e resilência que poderão ajudar a lidar com eventos similares no futuro.
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