quarta-feira, 7 de abril de 2010

Tratamento permite vida normal a esquizofrênico

Doença mental que ainda não tem cura, a esquizofrenia já não assusta tanto quanto no passado. Mas o transtorno voltou a ganhar destaque após o estudante Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, o Cadu, de 25 anos — que é portador deste mal, segundo afirmou o pai dele em entrevistas —, ter confessado que matou o cartunista Glauco Vilas Boas, de 53 anos, no último dia 12. Ainda de acordo com o pai de Cadu, a mãe e uma tia-avó do rapaz também sofriam da doença, que pode ter um caráter hereditário.

Desde 1948, quando surgiu o primeiro medicamento (clorpromazina), pessoas que sofrem deste distúrbio e fazem tratamento constante conseguem ter uma vida relativamente normal.

Até 1% da população

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a esquizofrenia afeta 1% da população mundial, cerca de 25 milhões de pessoas. Em 2008, um censo feito pela secretaria estadual de saúde em hospitais psiquiátricos paulistas apontou que 42,6% de 6.690 pacientes sofriam de esquizofrenia ou transtornos esquizofrênicos e delirantes.

Como explica a psiquiatra Cristina Contigli, da Associação Brasileira de Psiquiatria, a esquizofrenia é a doença mental mais grave que existe e os médicos ainda não sabem exatamente o que a provoca.

Os medicamentos, porém, tornam os quadros mais toleráveis e permitem que os pacientes trabalhem e tenham até vida independente. “A doença não é mais um bicho-papão como antes”, diz a médica.

Cristina se refere ao período, antes do surgimento das medicações, em que os pacientes eram internados em sanatórios, amarrados e torturados. “Antigamente não havia recursos. Hoje o tratamento é mais humanizado e mais correto, os pacientes não ficam mais presos, podem circular”, diz ela.


O atendimento psicológico à família é fundamental para o tratamento. “Os familiares precisam saber como lidar com o paciente e não exclui-lo. Quem tem esquizofrenia consegue entender o que ocorre. É muito comum terem um QI muito alto”, explica a psiquiatra.

O tratamento é composto por medicamentos — oferecidos pelas secretarias de saúde —, terapia e atendimento assistencial, que pode incluir pintura, música e teatro. “O período de internação, se necessária, reduziu muito graças a este tratamento”, diz Cristina.


Fonte: Diário de São Paulo

3 comentários:

  1. Uma pessoa portadora dessa doença pode viver perfeitamente em sociedade e até acredidanto não ter nenhuma problema de saúde?
    E as pessoas que convivem com essa pessoa, não conseguem entender o poruquê de comportamento tão fora de sentido. Pois age como se fosse normal, mas vive o tempo todo em tom de hironia, descaso, humilhação, covardia e desprezo pelo próximo. E não reconhe os benefícos que lhes são apresentado, pensando ser quase que uma obrigação e não um ato de gentileza e favor!

    O que caracteriza o comportamento dessas pessoas?

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  2. boa noite tenho um irmao adotivo ele e imperativo,tem problemas emocionais suspeitam de esquisofrenia esta usando droga crak,abandonou o tratamento que faz desde pequeno 7 anos.esta agitado nervos o agressivo com a familia a 2 anos abandonou seu tratamento o que devo fazer neste caso.obrigado

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  3. Olá, bom dia.
    Não podemos lhe fazer recomendações sobre tratamento. Mas seu irmão precisa de tratamento e do apoio da família.
    Por favor, escreva para nós com seus dados, e lhe responderemos via e-mail.
    psicoterapia@josethome.med.br

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