segunda-feira, 19 de abril de 2010

Número de depressivos supera o de usuários de drogas em Catanduva

Considerada como a doença do século, a depressão atinge 3% da população catanduvense. De acordo com o psiquiatra, Paulo Ramiro Madeira, os vários tipos de transtornos da ansiedade e dependência química são outras duas doenças que mais atinge a população.

“Cerca 3% da população é atingida pelos transtornos de humor, no caso a depressão e doenças bipolares. Já, 2% sofre de dependência química, como uso abusivo de álcool e drogas e 1,5% são atingidas pelos transtornos da ansiedade: síndrome do pânico, fobia específica, fobia social, estresse pós-traumático, transtorno obsessivo-compulsivo e distúrbio de ansiedade generalizada”, diz.

Segundo Madeira, o uso indevido de anti-depressivos sem orientação médica facilita o aparecimento da depressão, além do uso abusivo de álcool e drogas. “No adulto, a existência de um histórico familiar de doenças psiquiátricas aumenta a chance do surgimento da depressão, por exemplo. Mas é uma condição que não é suficiente para o aparecimento, você pode não ter essa carga genética e desenvolver a doença”, explica.

O especialista conta que algumas doenças psiquiátricas começam na infância e na adolescência, e que podem aparecer em qualquer quase da vida, até mesmo na fase adulta. “O tabu em relação às doenças caiu muito e hoje tem uma procura grande de pessoas procurando atendimento psiquiátrico. Os meios de comunicação acabam mostrando o trabalho de um psiquiatra”, fala.

A secretária Giselda Marques Sobrinho disse que recentemente passou por uma crise depressiva. “Muitas pessoas achavam que era frescura, que isso é invenção, mas esta doença vira a vida da gente de pernas para o ar. É muito difícil passar por ela”, relembra.

Sintomas

Madeira lembra que a depressão se manifesta de uma forma muito ampla. Podem haver alterações do sono, apetite, memória, concentração, auto-estima, comportamento, nas relações sociais, motivação e sexualidade. “Um humor depressivo de varia de características, além de alguns virem associado com sintomas físicos”, finaliza.

Doença na infância e na adolescência

O psiquiatra diz que houve um aumento na procura por atendimento de doenças psiquiátricas, na infância e adolescência. Herança genética e fatores externos, como ambiente familiar conturbado influenciam no desenvolvimento de doenças psiquiátricas.

“O segredo na infância e adolescência é você ter uma rede detecção destas doenças. Porque quando chegam ao psiquiatra, a criança já percorreu um caminho, onde essa doença não foi detectada. Procura primeiro um psicólogo, um neurologista e acabam não fazendo o diagnóstico certo”, fala.

Madeira lembra que o comportamento inadequado pode ser confundido com problemas psíquicos. “As doenças psiquiátricas da infância e adolescência não são muito conhecidas. Às vezes confunde-se com problemas de comportamento. As doenças mais expressivas, de comportamento social escolar, que são: depressão, transtornos de ansiedade, déficit de atenção e hiperatividade devem ser tratadas com medicação controlada, terapia e orientação familiar”, diz.



Fonte: Rede Bom Dia

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