Mesmo com quedas de barreira e risco de novos desabamentos, os moradores da comunidade Igrejinha, na região do largo da Batalha, bairro Pendotiba, em Niterói (RJ), ainda não deixaram suas casas. O aviso para que eles saiam do local e se abriguem em lugares seguros está sendo feito por funcionários da Secretaria de Assistência Social. O educador Alessandro Almeida alertava e orientava um grupo de moradores.
- Tem que sair daqui, ir para abrigos.
secretaria está à procura dos pontos que servem de abrigo e correm risco de cair. A Defesa Civil, no entanto, ainda não retornou depois da retirada dos corpos na última terça-feira (6). Segundo a camareira Ana Maria Martins, que mora na Igrejinha há 26 anos, ali sempre foi área de risco e a Defesa Civil já esteve algumas vezes na comunidade antes dos desabamentos, tirava fotos e fazia perguntas aos moradores, mas não dava nenhuma orientação para que eles saíssem de lá. Há alguns anos caiu um barranco em uma parte da casa dela, a recomendação dada pela prefeitura foi para que Ana construísse um muro de contenção por conta própria.
A maioria dos moradores diz que não sai dali pois não tem para onde ir. O pedreiro Manoel Luis Costa, de 49 anos, reclamou da lotação dos locais que estão sendo usados como alojamentos.
- Os abrigos estão muito cheios, a gente prefere ficar aqui a tirar o lugar de gente que perdeu a casa.
A Escola Estadual Duque de Caxias, em São Francisco, é o abrigo mais perto e aloja cerca de 300 pessoas. Mas, outros locais que também ficam na região do largo da Batalha, como a Escola Estadual Leopoldo Fróes, ainda têm espaço para receber mais famílias.
Entre os mortos da comunidade da Igrejinha estava Jorge Luis, funcionário da prefeitura que foi sepultado na sexta-feira (9) no cemitério de Maruí. Além de Jorge, quatro pessoas da mesma família foram levadas juntas com a casa para o leito do rio que corta a comunidade. Os corpos da mãe e três filhas foram encontrados a alguns metros do acidente na manhã de terça-feira (6).
Fonte: R7
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