Se você se identifica com os sintomas, não está só. É um “peso” que se projeta em 17% da população. A depressão se alastra como um rastilho de pólvora nas diversas camadas sociais da população, e muitos especialistas anunciam que esse será mal do século. Uma em cada cinco pessoas experimentará pelo menos um episódio depressivo. E quando ele se desencadeia, muitos o percebem como uma sensação de angústia lancinante. Uma entrevistada chegou a relatar que “a depressão corrói a alma.” O desânimo, a perda do interesse pelos prazeres da vida, o tumulto interno que se anuncia como um tsunami, que desfaz as forças e macula o espírito, corrompe a parte psíquica. Só quem é vitimado por ela tem a noção exata de seus prejuízos.
Em Lajeado, há centenas nessa situação. Os consultórios psiquiátricos estão abarrotados de pacientes que buscam recursos médicos. Os serviços de saúde pública também. O custo da depressão é muito alto, e na década de 1990 a doença foi considerada a quarta causa mais importante de incapacitação social. As projeções para 2020 a colocam como a segunda causa de incapacitação, só perdendo para doenças coronarianas. As informações são do psiquiatra Alexsandro Bennemann, que trouxe os dados do Congresso Brasileiro de Psiquiatria, realizado em São Paulo.
Conforme ele, o aumento do número de pessoas depressivas é uma conjectura. O que parece estar acontecendo é que os pacientes estão recorrendo aos serviços em busca de ajuda. “As pessoas hoje falam mais sobre o assunto e procuram saber se o que elas têm é depressão. E isso é bom, porque faz parte de um movimento para melhorar a qualidade de vida da população.” A depressão já foi considerada uma condição sem gravidade ou mesmo uma falsa doença.
Apesar de estar sendo desmitificada e tratada como um distúrbio de importância, os rótulos de uma pessoa com a enfermidade ainda perseguem os pacientes. Os familiares, principalmente, relutam em aceitar a condição do doente. “Costumam dizer que não é doença, mas falta de vontade. Mas esse desânimo é justamente um dos sintomas da enfermidade.” Bennemann fornece o nome científico: “avolia”, que é a falta de iniciativa.
Embora não sendo diretamente letal, estima-se que a maioria dos suicídios ocorra em associação com estados depressivos. Para o tratamento ser eficaz é preciso uma combinar medicamentos e psicoterapia. A terapia ajuda a dar apoio mas, sozinha, é difícil que reverta um quadro depressivo. A necessidade de remédios amplia-se se a pessoa tiver ideias sobre suicídio. “O antidepressivo age no organismo em duas semanas”, relata Bennemann.
Com a morte nos pensamentos
Depois de um forte episódio depressivo em que ficou três semanas sem trabalhar e se deparou com o precipício causado pela doença, a jornalista L.F. (39) tornou a olhar para si, em um processo de autoconhecimento e de reconstrução de personalidade.
O caminho é pedregoso, e ela reconhece não ser fácil. “A depressão é algo físico, e é isso que as pessoas precisam entender. A doença nos paralisa. A mente sabe que é preciso lutar, mas o corpo não reage.” A crise ocorreu em fevereiro do ano passado. No início, sintomas sinalizavam o que estava por vir. “Eu me emocionava e me irritava com facilidade.” O quadro se agravou e, depois de chorar três dias ininterruptamente, ela foi parar no pronto-socorro. O plantonista fez o suposto diagnóstico que ela confirmou com o psiquiatra, profissional para o qual foi recomendada. Com medicação e terapia, ela começou a trilhar novamente o caminho da estabilidade. Foi um trajeto complicado.
“Por muito tempo ainda fiquei com ansiedade, um aperto no peito. Parecia ter uma pedra na garganta.” As doses da medicação foram sendo readequadas ao seu estado de ânimo. Foram-lhe receitados, no quadro agudo, três tipos de fármacos e, graças ao tratamento, os resultados clínicos apareceram em menos de um mês.
Lembra dos sentimentos que afloravam: “Fiquei descompensada. Pensei em me matar”. A espiritualidade teve grande importância para ajudar a não sucumbir. “Voltei a frequentar o centro espírita.” Com fé, medicamento e psicoterapia, L.F. trata de recompor sua rotina. Ela percebe agora a gravidade da situação em que se encontrava. “Eu precisei ter uma crise aguda para começar o tratamento.”
Luta contra o monstro
No Rio Grande do Sul, a cada 50 minutos, uma pessoa tenta o suicídio. Muitas realmente conseguirão, e o sofrimento insuportável, motivo por que a pessoa decidiu deixar este mundo, se refletirá na comoção dos familiares. O suicídio é um ato de desespero que sinaliza um elevado grau de perturbação mental do indivíduo. O sofrimento psíquico pode ser tão avassalador que a pessoa prefere mergulhar no sono eterno. É a morte como subterfúgio. E esse sofrimento psíquico tem nome: depressão.
A dona de casa Salete Terezinha Gonçalves (48) sentiu na alma a tristeza que se apoderou dela. Há um ano e meio a depressão a derrubava. “Eu ficava em casa trancada e triste, não queria ver ninguém.” O marido, os filhos e ela mesma pensavam que o abatimento era por causa de dores nas costas. Da pessoa extrovertida não restava nem sinal. E a ninguém dos familiares próximos ocorreu a ideia de que ela poderia estar em depressão. Alertada por um parente de outra cidade, ela decidiu procurar um profissional especializado. Foi quando teve a confirmação de que sofria do que os psicólogos costumam chamar de mal do século. “Mas para meu marido acreditar que eu tinha a doença ele teve de ir para dentro do consultório do psiquiatra”, diz Salete, referindo-se à grande discriminação em relação à enfermidade. Pelo fato de a depressão não ser tangível, como o câncer, por exemplo, há muitos mitos que a cercam. Por exemplo, a noção errônea de que falta “força de vontade” para a pessoa se ajudar ou de que o doente tem apenas “manha”. Salete teve momentos em que se sentiu muito incompreendida, mas agora a família sabe da gravidade em que ela se encontrava. “A depressão é um monstro assustador. Mas agora eu saio para caminhar e luto contra ele.” Salete ainda toma medicamentos mas, de quatro tipos, reduziu para um. Ela ainda tem resquícios da enfermidade, contudo, sabe que trava um embate vitorioso se conseguir se manter consumindo os remédios e apegada em alguma fé. “A depressão é traiçoeira. Sei que não posso deixar de tomar remédio, senão ela vem e dá uma rasteira. É preciso estar vigilante.”
Fé e medicação
Com 75 anos, a aposentada N.P. convive com a depressão há 12 anos. Ela lembra bem o tormento pelo qual passou, que a deixou vertendo lágrimas. “Começou com uma angústia, um desânimo, contra o qual eu não tinha vontade para fazer nada. Mas eu não tinha dor alguma pelo corpo. Durante esse tempo emagreci oito quilos.” Na época, N.P. não sabia que tinha depressão. O termo até lhe fugia do dicionário. Recorda que sua avó morreu na década de 1950 porque tinha a “doença da tristeza”, uma forma de definir a moléstia que, naquele período, não acometia tanta gente assim, mas hoje virou problema de saúde pública. A aposentada que tem três filhos e é viúva há 11 anos passou por muitos médicos até descobrir a doença que a assolava. Um dia, chegou ao consultório de um psiquiatra em Santa Cruz do Sul, guiada pela mão de sua filha. Foi sua salvação, porque o profissional imediatamente deu o diagnóstico e recomendou antidepressivos. “Senti a melhora em dois meses.” Desde então, com a ajuda dos fármacos, sua doença é controlada, mas a vigília é constante. “Não posso parar de tomar remédio, se não a depressão vem a mil”, comenta a viúva.
N.P. está, hoje, restabelecida e não descuida da vigília contra essa doença insidiosa que desarticula todos os sonhos e desampara a alma. Ela também se apegou à sua fé para combater a doença. “Eu acredito que, com a fé e com medicação, a gente consegue melhorar mais rapidamente.” Para a aposentada, existe muita discriminação em relação à depressão. “Você não é mais olhada com os olhos bonitos. Em vez de te ajudar, as pessoas te veem com piedade.” Graças aos seus filhos esclarecidos sobre a doença, N.P. conseguiu ser examinada por um psiquiatra, um profissional que muitas vezes recebe o estigma de só tratar “loucos”. Mas foi por meio dele que ela voltou a se socializar e ter prazer em viver. “Eu sempre agradeço a Jesus por estar bem. Tenho muitas amigas e faço caminhadas. A gente tem de acreditar que vai melhorar, porque, se deixar, a depressão corrói a alma.”
Atenção aos sintomas
Os critérios para o diagnóstico de um episódio depressivo incluem cinco ou mais sintomas, que se seguem pelo tempo mínimo de duas semanas. Não é qualquer tristeza que resulta em depressão, mas se a melancolia persistir por muito tempo, acende um alerta. Alterações no apetite e no sono são sintomas agravantes. É preciso ficar de olho no quadro.
• Humor depressivo na maior parte do dia. Em crianças ou adolescentes, o humor pode ser irritável.
• Perda ou ganho significativo de peso.
• Insônia ou hipersonia (muito sono) quase diariamente.
• Agitação ou lentidão nos movimentos.
• Fadiga ou perda de energia.
• Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva.
• Diminuição da capacidade de pensar, de se concentrar ou tomar decisões.
• Pensamentos de morte recorrentes ou ideias de suicídio.
Mais de meio milhão de cápsulas
A depressão virou um problema de saúde e é tratada como tal em Lajeado. Os 15 postos mantêm estruturas para atender pessoas com sofrimento psíquico. Conforme a coordenadora de Enfermagem, Maristela Dresch Neumann, os clínicos gerais estão preparados para tratar casos mais amenos. Nos bairros onde estão as chamadas Estratégias de Saúde Familiar (ESFs), há grupos de pacientes que são trabalhados por enfermeiras, médicos e agentes de saúde. Nas palestras mensais os profissionais recorrem a táticas motivacionais e citam a importância da autoestima. Mas quando os casos se cronificam, os pacientes são encaminhados a um serviço de referência, o Centro de Apoio Psicossocial (Caps). “Ali são tratados com mais intensidade e acompanhados por psicólogas e psiquiatras”, detalha Maristela.
Para tratar o problema da depressão, o município mantém, na relação de medicamentos básicos, cinco tipos de fármacos, entre antidepressivos e estabilizantes de humor. São remédios fornecidos de forma gratuita, mediante o diagnóstico e a receita médica. No ano passado, a farmácia básica distribuiu 541 mil cápsulas de antidepressivos aos lajeadenses.
Fonte: Jornal O Informativo do Vale
Em Lajeado, há centenas nessa situação. Os consultórios psiquiátricos estão abarrotados de pacientes que buscam recursos médicos. Os serviços de saúde pública também. O custo da depressão é muito alto, e na década de 1990 a doença foi considerada a quarta causa mais importante de incapacitação social. As projeções para 2020 a colocam como a segunda causa de incapacitação, só perdendo para doenças coronarianas. As informações são do psiquiatra Alexsandro Bennemann, que trouxe os dados do Congresso Brasileiro de Psiquiatria, realizado em São Paulo.
Conforme ele, o aumento do número de pessoas depressivas é uma conjectura. O que parece estar acontecendo é que os pacientes estão recorrendo aos serviços em busca de ajuda. “As pessoas hoje falam mais sobre o assunto e procuram saber se o que elas têm é depressão. E isso é bom, porque faz parte de um movimento para melhorar a qualidade de vida da população.” A depressão já foi considerada uma condição sem gravidade ou mesmo uma falsa doença.
Apesar de estar sendo desmitificada e tratada como um distúrbio de importância, os rótulos de uma pessoa com a enfermidade ainda perseguem os pacientes. Os familiares, principalmente, relutam em aceitar a condição do doente. “Costumam dizer que não é doença, mas falta de vontade. Mas esse desânimo é justamente um dos sintomas da enfermidade.” Bennemann fornece o nome científico: “avolia”, que é a falta de iniciativa.
Embora não sendo diretamente letal, estima-se que a maioria dos suicídios ocorra em associação com estados depressivos. Para o tratamento ser eficaz é preciso uma combinar medicamentos e psicoterapia. A terapia ajuda a dar apoio mas, sozinha, é difícil que reverta um quadro depressivo. A necessidade de remédios amplia-se se a pessoa tiver ideias sobre suicídio. “O antidepressivo age no organismo em duas semanas”, relata Bennemann.
Com a morte nos pensamentos
Depois de um forte episódio depressivo em que ficou três semanas sem trabalhar e se deparou com o precipício causado pela doença, a jornalista L.F. (39) tornou a olhar para si, em um processo de autoconhecimento e de reconstrução de personalidade.
O caminho é pedregoso, e ela reconhece não ser fácil. “A depressão é algo físico, e é isso que as pessoas precisam entender. A doença nos paralisa. A mente sabe que é preciso lutar, mas o corpo não reage.” A crise ocorreu em fevereiro do ano passado. No início, sintomas sinalizavam o que estava por vir. “Eu me emocionava e me irritava com facilidade.” O quadro se agravou e, depois de chorar três dias ininterruptamente, ela foi parar no pronto-socorro. O plantonista fez o suposto diagnóstico que ela confirmou com o psiquiatra, profissional para o qual foi recomendada. Com medicação e terapia, ela começou a trilhar novamente o caminho da estabilidade. Foi um trajeto complicado.
“Por muito tempo ainda fiquei com ansiedade, um aperto no peito. Parecia ter uma pedra na garganta.” As doses da medicação foram sendo readequadas ao seu estado de ânimo. Foram-lhe receitados, no quadro agudo, três tipos de fármacos e, graças ao tratamento, os resultados clínicos apareceram em menos de um mês.
Lembra dos sentimentos que afloravam: “Fiquei descompensada. Pensei em me matar”. A espiritualidade teve grande importância para ajudar a não sucumbir. “Voltei a frequentar o centro espírita.” Com fé, medicamento e psicoterapia, L.F. trata de recompor sua rotina. Ela percebe agora a gravidade da situação em que se encontrava. “Eu precisei ter uma crise aguda para começar o tratamento.”
Luta contra o monstro
No Rio Grande do Sul, a cada 50 minutos, uma pessoa tenta o suicídio. Muitas realmente conseguirão, e o sofrimento insuportável, motivo por que a pessoa decidiu deixar este mundo, se refletirá na comoção dos familiares. O suicídio é um ato de desespero que sinaliza um elevado grau de perturbação mental do indivíduo. O sofrimento psíquico pode ser tão avassalador que a pessoa prefere mergulhar no sono eterno. É a morte como subterfúgio. E esse sofrimento psíquico tem nome: depressão.
A dona de casa Salete Terezinha Gonçalves (48) sentiu na alma a tristeza que se apoderou dela. Há um ano e meio a depressão a derrubava. “Eu ficava em casa trancada e triste, não queria ver ninguém.” O marido, os filhos e ela mesma pensavam que o abatimento era por causa de dores nas costas. Da pessoa extrovertida não restava nem sinal. E a ninguém dos familiares próximos ocorreu a ideia de que ela poderia estar em depressão. Alertada por um parente de outra cidade, ela decidiu procurar um profissional especializado. Foi quando teve a confirmação de que sofria do que os psicólogos costumam chamar de mal do século. “Mas para meu marido acreditar que eu tinha a doença ele teve de ir para dentro do consultório do psiquiatra”, diz Salete, referindo-se à grande discriminação em relação à enfermidade. Pelo fato de a depressão não ser tangível, como o câncer, por exemplo, há muitos mitos que a cercam. Por exemplo, a noção errônea de que falta “força de vontade” para a pessoa se ajudar ou de que o doente tem apenas “manha”. Salete teve momentos em que se sentiu muito incompreendida, mas agora a família sabe da gravidade em que ela se encontrava. “A depressão é um monstro assustador. Mas agora eu saio para caminhar e luto contra ele.” Salete ainda toma medicamentos mas, de quatro tipos, reduziu para um. Ela ainda tem resquícios da enfermidade, contudo, sabe que trava um embate vitorioso se conseguir se manter consumindo os remédios e apegada em alguma fé. “A depressão é traiçoeira. Sei que não posso deixar de tomar remédio, senão ela vem e dá uma rasteira. É preciso estar vigilante.”
Fé e medicação
Com 75 anos, a aposentada N.P. convive com a depressão há 12 anos. Ela lembra bem o tormento pelo qual passou, que a deixou vertendo lágrimas. “Começou com uma angústia, um desânimo, contra o qual eu não tinha vontade para fazer nada. Mas eu não tinha dor alguma pelo corpo. Durante esse tempo emagreci oito quilos.” Na época, N.P. não sabia que tinha depressão. O termo até lhe fugia do dicionário. Recorda que sua avó morreu na década de 1950 porque tinha a “doença da tristeza”, uma forma de definir a moléstia que, naquele período, não acometia tanta gente assim, mas hoje virou problema de saúde pública. A aposentada que tem três filhos e é viúva há 11 anos passou por muitos médicos até descobrir a doença que a assolava. Um dia, chegou ao consultório de um psiquiatra em Santa Cruz do Sul, guiada pela mão de sua filha. Foi sua salvação, porque o profissional imediatamente deu o diagnóstico e recomendou antidepressivos. “Senti a melhora em dois meses.” Desde então, com a ajuda dos fármacos, sua doença é controlada, mas a vigília é constante. “Não posso parar de tomar remédio, se não a depressão vem a mil”, comenta a viúva.
N.P. está, hoje, restabelecida e não descuida da vigília contra essa doença insidiosa que desarticula todos os sonhos e desampara a alma. Ela também se apegou à sua fé para combater a doença. “Eu acredito que, com a fé e com medicação, a gente consegue melhorar mais rapidamente.” Para a aposentada, existe muita discriminação em relação à depressão. “Você não é mais olhada com os olhos bonitos. Em vez de te ajudar, as pessoas te veem com piedade.” Graças aos seus filhos esclarecidos sobre a doença, N.P. conseguiu ser examinada por um psiquiatra, um profissional que muitas vezes recebe o estigma de só tratar “loucos”. Mas foi por meio dele que ela voltou a se socializar e ter prazer em viver. “Eu sempre agradeço a Jesus por estar bem. Tenho muitas amigas e faço caminhadas. A gente tem de acreditar que vai melhorar, porque, se deixar, a depressão corrói a alma.”
Atenção aos sintomas
Os critérios para o diagnóstico de um episódio depressivo incluem cinco ou mais sintomas, que se seguem pelo tempo mínimo de duas semanas. Não é qualquer tristeza que resulta em depressão, mas se a melancolia persistir por muito tempo, acende um alerta. Alterações no apetite e no sono são sintomas agravantes. É preciso ficar de olho no quadro.
• Humor depressivo na maior parte do dia. Em crianças ou adolescentes, o humor pode ser irritável.
• Perda ou ganho significativo de peso.
• Insônia ou hipersonia (muito sono) quase diariamente.
• Agitação ou lentidão nos movimentos.
• Fadiga ou perda de energia.
• Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva.
• Diminuição da capacidade de pensar, de se concentrar ou tomar decisões.
• Pensamentos de morte recorrentes ou ideias de suicídio.
Mais de meio milhão de cápsulas
A depressão virou um problema de saúde e é tratada como tal em Lajeado. Os 15 postos mantêm estruturas para atender pessoas com sofrimento psíquico. Conforme a coordenadora de Enfermagem, Maristela Dresch Neumann, os clínicos gerais estão preparados para tratar casos mais amenos. Nos bairros onde estão as chamadas Estratégias de Saúde Familiar (ESFs), há grupos de pacientes que são trabalhados por enfermeiras, médicos e agentes de saúde. Nas palestras mensais os profissionais recorrem a táticas motivacionais e citam a importância da autoestima. Mas quando os casos se cronificam, os pacientes são encaminhados a um serviço de referência, o Centro de Apoio Psicossocial (Caps). “Ali são tratados com mais intensidade e acompanhados por psicólogas e psiquiatras”, detalha Maristela.
Para tratar o problema da depressão, o município mantém, na relação de medicamentos básicos, cinco tipos de fármacos, entre antidepressivos e estabilizantes de humor. São remédios fornecidos de forma gratuita, mediante o diagnóstico e a receita médica. No ano passado, a farmácia básica distribuiu 541 mil cápsulas de antidepressivos aos lajeadenses.
Fonte: Jornal O Informativo do Vale
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