terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Brasileira relata caos e “inflação” em refúgio improvisado no Peru

A turista carioca Priscilla Caroline Benecase, que aos 21 anos resolveu pela primeira vez visitar a cidade sagrada de Machu Picchu, no Peru, conta que as pessoas que completavam a trilha e estão abrigadas à espera de resgate por helicópteros ou normalização dos serviços de trem enfrentam banheiros sujos, não receberam comida e tampouco podem tomar banho.

As fortes chuvas impediram o acesso a regiões de Cuzco e Machu Picchu por trem devido a deslizamentos. O acesso a Machu Picchu, um dos locais turísticos mais visitados do mundo, será interrompido por pelo menos três dias para impedir que mais turistas fiquem ilhados. Além disso, o governo declarou emergência por 60 dias nas regiões de Apurímac e Cuzco, informou o jornal Expreso.

Priscilla, que é estagiária do Recnov, escolheu o Peru para a viagem de férias com seu namorado, que também é do Rio, e mais cinco amigos paulistas. A turista conta que o abrigo no qual ela e outras pessoas que visitavam o Vale Sagrado estão é precário:

- Para não dizer que não deram nada, distribuíram garrafinhas de 250 ml de água. Papelão para dormir, por exemplo, está sendo vendido a 2 sóis novos (R$ 1,20).

Priscilla disse também que, quando chegaram ao abrigo, US$ 1 (R$ 1,8) podia ser trocado por 2,85 sóis novos. Agora a troca é por 2,50 sóis novos.

Priscilla confirmou a estimativa de que até 200 brasileiros estão entre os 2.000 turistas que ficaram confinados em um centro cultural. Ela disse que, entre os turistas, há a preocupação com o resgate lento – cada helicóptero leva 20 pessoas por viagem e nesta segunda-feira apenas 60 foram resgatadas – enquanto mais turistas, que terminam a trilha, se somam aos que já estão no local.

Este é o caso do paulistano Diogo Colombo. Ele contratou os serviços turísticos de Moisés Tito e está no terceiro dia de trilha. Tito afirmou que Colombo deve chegar à concentração de turistas em um dia.

Enquanto o fluxo de turistas aumenta, os dois banheiros disponíveis são insuficientes para a demanda. Não há ducha, apenas sanitário, disse Priscilla, que também reclama da demora dos helicópteros:

São 9h (12h em Brasília) aqui e até agora nada. Ninguém resolve nada, tem criança, mulher grávida. Eu estou preocupada, dia 2 volto a trabalhar e já vou chegar cansada.

Priscilla relatou ainda mais uma preocupação na vila próxima a Machu Picchu:

- A água do rio ainda está subindo. Se continuar assim, vai invadir nosso alojamento. Disseram que podemos ir para um outro lugar, mas também que não cabe nem metade do que está aqui e já estamos apertados.


Fonte: R7

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