quarta-feira, 1 de julho de 2009

Estudo associa ansiedade e depressão ao aumento na frequência de dor no peito

Um estudo publicado na revista es-pecializada Circulation indica que a ansiedade e a depressão estão associadas a um aumento na frequência de dor no peito (angina) em pacientes que já enfrentam esse problema. Por isso, especialistas da Universidade de Washington, nos EUA, apoiam a inclusão do tratamento psicológico nos cuidados aos pacientes com angina.

Angina é uma dor no peito que ocorre em resposta a atividade física ou estresse, quando as artérias coronárias são estreitadas ou bloqueadas pelo endurecimento das artérias (aterosclerose) ou por um coágulo sanguíneo. Ela provoca dor no peito que começa lentamente e vai piorando até ir embora com medicação ou descanso. E pode resultar em isquemia, quando não há sangue suficiente para levar oxigênio para o tecido, que acaba morrendo.

Avaliando, no período entre os anos de 2004 e 2006, 191 pacientes com isquemia, os pesquisadores observaram que 36% não tiveram angina no mês anterior, 35% tinham sintomas de angina mensalmente e 30% tinham dor no peito diariamente ou semanalmente. E, entre esses últimos, 44% tinham ansiedade clinicamente significativa e 64% apresentavam depressão.

Uma análise posterior mostrou que a ansiedade aumentava em 4,7 vezes o risco de sofrer dor no peito; a depressão aumentava o risco em 3,2 vezes; e o histórico de cirurgia coronária estava associado a 2,2 vezes mais chances de sofrer angina.

"A cardiologia americana foca quase exclusivamente em reduzir a isquemia em seus tratamentos de angina (…) mas este estudo sugere que deveríamos também avaliar e tratar depressão e ansiedade em pacientes com angina frequente", conclui o pesquisador Mark Sullivan.

Porém, segundo os autores, "não está claro se esses fatores psicossociais estão verdadeiramente afetando a resposta ‘anginal’ à isquemia, ou se o aumento do problema da dor torácica está causando intensificação no estresse psicossocial".


Fonte: Boa Saúde

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por acessar o Psicoterapia Brasil!
Sua opinião é importante, será muito bem recebida e esperamos poder contar com ela sempre!