Objetivo de especialistas é avaliar situação de desabrigados e planejar intervenções preventivas em saúde mental.
Release distribuído pela assessoria de imprensa da ABP - Associação Brasileira de Psiquiatria.
Cerca de 20% das pessoas que sobrevivem a catástrofes naturais, como as enchentes que atingiram o Estado de Santa Catarina, desenvolvem transtornos mentais por conta dos traumas enfrentados. A análise é de José Toufic Thomé, coordenador do grupo de intervenção em desastres da ABP.
Para ele, é importante que a população desabrigada receba atenção adequada, para diminuir o impacto da perda de familiares, amigos e bens materiais sobre sua saúde mental. “Quando a pessoa é exposta a um stress intenso, numa realidade que desorganiza a sua vida, sofre uma ação de violência abrupta. Seus recursos psíquicos não têm condições de se organizar imediatamente para se resolver perante o que está acontecendo”, explicou.
Com o objetivo de fazer um diagnóstico do quadro atual e planejar intervenções adequadas à situação, um grupo de especialistas da ABP visitou o Estado de Santa Catarina no último dia 16. O presidente da ABP, João Alberto Carvalho, comentou a iniciativa. “Além da ajuda com roupas e alimentos, buscamos outras formas de minimizar o sofrimento dessas pessoas. Como médicos especialistas, nosso compromisso ético e humano nos obriga a prestar socorro”.
José Thomé explicou a importância dos estudos na área de intervenção em desastres. “Nem sempre o trabalho é eficiente, porque há uma abordagem adequada para cada situação. Num primeiro momento, por exemplo, o ideal é oferecer uma estrutura para que a pessoa busque saídas”, declarou o psiquiatra.
Além de João Alberto e José Thomé, a comissão que embarca para Santa Catarina hoje é formada por Laís Knijnik, Fátima Vasconcellos e Flávio Vicente, presidente da Associação Catarinense de Psiquiatria.
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