
O resultado foi a descoberta de aspirações e dificuldades comuns entre os especialistas da América Latina e idéias de ações com vistas a melhorar o exercício da psicoterapia e seu entendimento por parte da sociedade. "A atividade apresenta características particulares que devem ser melhor avaliadas", diz o Dr. José Toufic Thomé, psiquiatra brasileiro presente ao evento. Thomé também é diretor de afiliação da Associação Brasileira de Psicoterapia (ABRAP) e delegado do WCP (World Council for Psychoterapy) na Organização das Nações Unidas (ONU), e membro do Conselho Executivo da Secção Intervenção em Catástrofes e Desastres da WPA (World Psychiatry Association) para o Brasil.
Segundo ele, o psicoterapeuta, bem como todos os profissionais envolvidos com a área de saúde mental, é submetido a situações extremas, que exigem preparo diferenciado e são capazes de influenciar o pleno desempenho de suas funções. "Freud já dizia que trata-se de uma profissão impossível", comenta Thomé. O encontro, portanto, pretendeu contribuir para desmentir a afirmação do mestre.
A análise dos participantes é a de que existe um relevante grau de desconhecimento sobre a psicoterapia (e também sobre doença mental) que prejudica o exercício da profissão. "É consenso a necessidade de esclarecimentos sobre o assunto para a sociedade", informa Thomé. Ele afirma que essa característica também deve ser considerada durante a formação dos novos profissionais.
Sobre a profissão, foram discutidas desde as dificuldades no ensino até posições sobre questões teóricas e práticas. "Também abordamos a ética para se determinar padrões claros nesse sentido", diz. Entretanto, esse esforço em busca do desenvolvimento profissional, e bem-estar pessoal, do psicoterapeuta tem como alvo outro sujeito, diz Thomé. "Tudo é feito para oferecer um atendimento cada vez mais qualificado aos pacientes", finaliza.
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