quarta-feira, 30 de maio de 2012

OMS pede fim de interferências da indústria do cigarro

A Organização Mundial da Saúde, OMS, pede vigilância para o que considera "ataques cada vez mais agressivos" da indústria do cigarro contra políticas que protejam as pessoas dos males do produto.

O pronunciamento a líderes internacionais foi lançado, em Genebra, por ocasião do Dia Mundial Sem Tabaco, assinalado nesta quinta, 31 de maio.

Em entrevista à Rádio ONU, de São Paulo, o coordenador do Comitê Anti-Tabaco da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Márcio Gonçalves de Souza, falou dos motivos de preocupação com a indústria do cigarro no Brasil.

"O Brasil está em um bom caminho sim. A gente não pode baixar a guarda, a gente sabe que a indústria é muito poderosa. Ela acha artifícios e caminhos para poder tentar quebrar as nossas leis. Não podemos amolecer. O negócio tem caminhado bem, mas não podemos amolecer, porque a indústria do cigarro é realmente muito forte."

Ações

A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, indica que nos últimos anos, multinacionais do tabaco entraram com uma série de ações legais contra governos que estão na vanguarda do combate ao fumo.

Os países-membros da ONU adotaram em 2003 a Convenção-Quadro da OMS sobre o Controle do Tabaco. Chan enalteceu os governos que trabalham em prol de ambientes livres do tabaco em locais de trabalho, espaços fechados ou públicos.

A OMS apoia ainda ações de informação ao público sobre os males do cigarro, como alertas em embalagens de tabaco e a proibição da publicidade, promoção e patrocínio.

Estimativas da agência indicam que 6 milhões de pessoas morrem por ano devido ao tabaco. O fumo é tido como importante fator de risco para o câncer, doenças do coração, diabetes e doenças respiratórias.

Informação publicadano portal da Radio ONU.

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