Motociclistas representam 25% dos mortos em acidentes no Brasil, segundo o Relatório Mundial sobre a Situação da Segurança Rodoviária 2013, lançado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na última quinta-feira (14). Em seguida estão os pedestres (23%), condutores de veículos de passeio (22%), ciclistas (4%), motoristas e passageiros de caminhões pesados (2%) e motoristas e passageiros de ônibus (1%). Outros veículos representam 23%. O documento é baseado em números de 2009 do Ministério da Saúde.
Pelas estimativas do estudo, os acidentes rodoviários acarretaram em cerca de 150 mil mortes nas Américas em 2010, sendo a principal causa de morte entre crianças de 5 a 14 anos e a segunda entre pessoas de 15 a 44 anos na região. Pedestres, motociclistas e ciclistas são os mais vulneráveis e as principais vítimas de acidentes rodoviário fatais na maioria dos países do continente.
Segundo estimativas, o Brasil registrou 22,5 mortes por 100 mil habitantes em 2010, pouco acima do Uruguai (21,5) e Paraguai (21,4). Em todo o continente, a taxa mais baixa é da Guatemala (6,7) e do Canadá (6,8); já as mais altas são da República Dominicana, com 41,7 óbitos por 100 mil habitantes, e Venezuela (37,2).
Entre 2004 e 2009, segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil manteve a média de aproximadamente 20 mortes em acidentes rodoviários para cada 100 mil pessoas. Em 2000, a média foi de 17.
“O desafio das Américas é de que existam políticas de transportes públicos para conter, por exemplo, o aumento do uso de motocicletas”, disse a Assessora Regional de Segurança Rodoviária da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), Eugenia Rodrigues. “Você também precisa ter espaços seguros onde as pessoas possam passear e usar a bicicleta como uma alternativa de transporte.”
Segundo dados coletados entre maio e dezembro de 2011 sobre estratégias para seguridade rodoviária, o Brasil está incluído entre os que realizam auditorias para novos projetos de infraestrutura rodoviária. A OMS afirma que o país inspeciona regularmente as infraestruturas já existentes e promove políticas para o ciclismo e transporte a pé.
Na avaliação da eficácia da legislação de trânsito, feita numa escala de zero a dez, o país recebeu nota 6 em relação aos limites de velocidade; 6 para as leis sobre bebidas alcoólicas; nota 7 em relação ao uso de capacetes por motociclistas; 6 para as leis sobre o uso de cinto de segurança e 6 para regulamentação de sistemas de proteção de crianças nos veículos.
Ao citar os cuidados após os acidentes, o estudo registra que o Brasil tem treinamento de emergência para enfermeiras, mas não para médicos.
O documento reúne informações de 182 países e é o segundo de uma série que busca analisar até que ponto os países estão implementando medidas de segurança rodoviária eficazes. Segundo o relatório, 88 países do total consultado reduziram o número de mortes no trânsito, mas outros 87 tiveram aumento no número de óbitos.
Para a OMS, o número de mortes por acidentes de trânsito continua inaceitável, num total de 1,24 milhão de vítimas em todo o mundo em 2010. Adolescentes e homens com menos de 44 anos de idade representam a maioria delas.
Acesse o relatório da OMS (em inglês).
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