quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Risco de psicose pós-parto é maior em mulheres acima de 35, diz estudo

Mulheres que engravidam pela primeira vez a partir dos 35 anos de idade têm maior risco de sofrer de psicose pós-parto, segundo estudo divulgado pelo Instituto Karolinska da Suécia, em 2009.

No estudo, os pesquisadores concluíram que esse grupo de mulheres tem uma probabilidade 2,4 vezes maior de desenvolver psicose pós-parto nos primeiros 90 dias após o nascimento do bebê, em comparação com mulheres mais jovens.

"O risco de psicose aumenta consideravelmente em relação ao nascimento do primeiro bebê, tanto para mulheres saudáveis como para aquelas com histórico de distúrbio psiquiátrico (anterior à gravidez)", disse Unnur Valdimarsdottir, um dos cientistas envolvidos na pesquisa.

Segundo os especialistas suecos, a psicose pós-parto é bem mais rara do que a depressão pós-parto, mas pode provocar sérias consequências para a mãe e o bebê.

Outros fatores

O estudo do Instituto Karolinska comparou os dados de 750 mil mulheres suecas que deram à luz seu primeiro filho entre 1983 e o ano 2000.

Os pesquisadores descobriram que 892 dessas mulheres foram hospitalizadas com distúrbios psicóticos dentro dos 90 dias posteriores ao nascimento de seu primeiro bebê. Quase metade delas (436 mulheres) apresentou sinais de psicose pela primeira vez na vida.

A pesquisa concluiu que o risco de desenvolver a psicose é significativamente reduzido após os primeiros 90 dias.

Os cientistas deram atenção particular às mulheres que não possuíam histórico de doenças psiquiátricas antes da primeira gravidez.

"Sabemos, através de estudos anteriores, que mulheres que apresentam uma condição psiquiátrica anterior à gravidez têm maior probabilidade de desenvolver a psicose pós-parto", disse Valdimarsdottir. "Nosso propósito, neste estudo, foi identificar fatores que aumentam o risco de psicose pós-parto em mulheres que não possuem um histórico de hospitalização por causas psiquiátricas", acrescentou ele.

Os cientistas indicaram que fatores como o peso maior do bebê e diagnóstico de diabetes na mãe têm correlação com um grau mais reduzido do desenvolvimento de psicose pós-parto.

Mas, segundo os pesquisadores, será preciso realizar novos estudos para compreender melhor outras prováveis causas para a condição, como as alterações hormonais durante o parto.

Também conhecida como psicose puerperal, a psicose pós-parto é uma forma mais grave de depressão, em que a mulher tem delírios ou alucinações que podem levá-la a machucar a si mesma ou ao bebê.

Os parentes precisam ser alertados, pois existe risco de vida para mãe e filho. Este quadro exige atenção médica imediata, e o aleitamento materno não é recomendado.

Estima-se que a psicose pós-parto atinja de 1,1 a 4 mulheres a cada mil nascimentos no mundo.

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