Muitas famílias de Alagoas e Pernambuco estão superando um trauma para continuar vivendo. Há exatamente um mês, um temporal devastou cidades inteiras no Nordeste.
As escolas transformadas em abrigos ainda estão lotadas. O reinício das aulas teve que ser adiado em pelo menos quatro cidades atingidas pelas enchentes: Palmares, Barreiros, Água Preta e Cortez. Não há data para que as crianças voltem a estudar.
Há 80 mil pessoas desalojadas ou desabrigadas que também não sabem quando voltarão para casa. Barracas brancas doadas voluntários da Inglaterra abrigam 200 famílias em Barreiros.
A solidariedade vem de longe e de toda parte. Um estudante de Direito, no Recife, mesmo de férias cumpre jornada dupla de trabalho. Quando tira a gravata, veste a camisa de voluntário, ajudando a distribuir cestas básicas.
A estudante Michele dos Santos, de 19 anos, também faz força em nome da solidariedade: “É sempre bom ajudar. Se tiver que carregar peso, carrego”.
A cesta de seis quilos de alimentos passa de mão em mão, como se não exigisse tanto esforço. Não importa a idade, a escolaridade ou a classe social. Todos se encaixam perfeitamente na definição de voluntários. Eles fazem parte de uma corrente do bem que não para de crescer. São cerca de mil voluntários no maior posto de arrecadação do Recife.
O agricultor Moiséis Pacheco se entrega ao trabalho para esquecer a dor. Ele perdeu tudo que construiu: “A criança não sei onde foi parar. Estou aqui desde o começo, não perdi a vontade de ajudar. Ainda tenho saúde para isso”.
Fonte: G1
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